Finalidade - O presente estudo objetivou analisar a relação entre desemprego e empreendedorismo no Brasil, no período de 2016 a 2021, com enfoque na pandemia da COVID-19.
Design/metodologia/abordagem - Trata-se de pesquisa quantitativa, descritiva, utilizando o método de levantamento, através das bases de dados do IBGE, do GEM e do Portal do Empreendedor. Os dados foram tratados por meio da estatística descritiva e inferencial.
Descobertas - Constatou-se um comportamento de crescimento, ao longo do tempo, com mais ênfase no período pandêmico, com aumento de 14% de desemprego, 23% de empreendedorismo inicial e 94% de MEIs ativos. Entretanto, o desemprego e o empreendedorismo inicial apresentaram baixa associação, demonstrando que o empreendedorismo no Brasil sofre relações muito mais importantes com outros fatores. Por outro lado, o empreendedorismo inicial e o número de MEIs ativos apresentaram forte relação, a ponto de, a cada 5 novos empreendedores iniciais no mercado brasileiro, ter-se a formalização de 1 MEI ativo.
Limitações - Utilização apenas da pesquisa quantitativa, desconsiderando o uso de análises qualitativas, que possibilitariam identificar os fatores que realmente influenciam no empreendedorismo.
Originalidade/valor - A pesquisa trouxe como grande descoberta que não há relação entre desemprego e empreendedorismo no período pandêmico no Brasil, diferentemente de análises científicas e profissionais anteriores que afirmam haver tal vínculo, abrindo, portanto, uma nova visão sobre as motivações de empreender no país.