Ultrassonografia no auxílio do diagnóstico de vesiculite seminal em touros de corte

Abstract

RESUMO: A vesiculite é um processo inflamatório das glândulas vesiculares, podendo ser unilateral ou bilateral, que acomete reprodutores. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a utilização da ultrassonografia como meio de diagnóstico precoce das alterações das vesículas seminais em touros. O presente trabalho foi realizado no município de Videira, Santa Catarina. Analisou-se um total 42 reprodutores, com média de idade de 15 meses, das raças Aberdeen Angus e Polled Hereford em semi-confinamento. Foi realizado exame clinico do estado geral dos animais e exame andrológico dos reprodutores. As amostras de sêmen para a realização do exame das características físicas do ejaculado foram obtidas por eletroejaculação. Através da palpação retal, realizou-se a avaliação das glândulas vesiculares por ultrassonografia. A análise estatística dos dados foi realizada por meio de análise de variância (ANOVA) para comparação entre médias com nível de significância de 5%. A presença de vesiculite foi observada em 31 animais (73,8%) dos 42 analisados. Dos 31 animais portadores 11 animais (35,5%) apresentaram vesiculite bilateral e 20 apresentaram vesiculite unilateral (64,5%; P<0,05). Animais com perímetro escrotal maior tendem a desenvolver vesiculite unilateral, tal fato pode ser explicado pela precocidade sexual agravado pela sodomia entre os animais. O uso do ultrassom auxilia de forma preventiva a detecção de animais portadores de vesiculite em reprodutores.

Unilateral vesiculite associated with spermatic agglutination: Case report

“…A presença de patógenos pode promover ao animal alterações significativas nos exames andrológicos (valores inferiores ao de referência para motilidade e vigor), sem apresentar sinais clínicos evidentes, para tal situação (Oliveira et al 2018).…”

“…O diagnóstico de vesiculite foi confirmado por dois exames: primeiro pelo exame de palpação, no qual se observou achados semelhantes deste caso com os encontrados por Oliveira et al (2018) e Bicudo et al (2007), que relataram encontrar glândulas vesiculares aumentadas de tamanho, consistente à palpação retal e frequentemente com presença de um tecido fibrótico além da perda na arquitetura lobular da glândula por aumento de tamanho e que em alguns casos mais severos pode-se encontrar uma maior consistência.…”

“…O segundo pelo exame de ultrassonografia, com resultados semelhantes aos descritos por Oliveira et al (2018) (Figura 2). Conforme o resultado de sensibilidade a antimicrobianos (TSA) o animal foi tratado o esquema do tratamento realizado no animal para o presente relato baseou-se no descrito por Bianchin & Honer, 1995) uma vez que o agente antimicrobiano tem ação bacteriostática e com princípio ativo a Tulatromicina, além do medicamento apresentar características de amplo espectro, conforme o resultado do TSa.…”

“…Assim, a condição de melhorador se dá principalmente aos touros nos quais o impacto na reprodução é muito maior, desta forma as avalições clínicas andrológicas têm um papel relevante na seleção do animal. Bicudo et al (2007) e Oliveira et al (2018) descreveram que animais que possuem maior circunferência escrotal podem desenvolver vesiculite unilateral, pois, atingem a puberdade mais cedo e são mais precoces sexualmente. Uma vez que em algumas condições como lesão peniana e consequentemente uma infecção ascendente pela uretra pode promover esta enfermidade (Oliveira et al, 2018).…”

“…Bicudo et al (2007) e Oliveira et al (2018) descreveram que animais que possuem maior circunferência escrotal podem desenvolver vesiculite unilateral, pois, atingem a puberdade mais cedo e são mais precoces sexualmente. Uma vez que em algumas condições como lesão peniana e consequentemente uma infecção ascendente pela uretra pode promover esta enfermidade (Oliveira et al, 2018). Tendo em vista que o agente etiológico pode promover a colonização em uma ou ambas as vesículas, caracterizando a vesiculite, mesmo ainda não havendo conhecimento especifico da patogenia (Scheeren, 2019), o que pode promover uma aglutinação espermática.…”