Objetivo: Analisar o perfil clínico e epidemiológico da população privada de liberdade com tuberculose na Bahia. Métodos: Estudo epidemiológico descritivo de tendência temporal, realizado com dados obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. A população foi composta pelos encarcerados que foram diagnosticados com tuberculose entre 2009 e 2019. Analisou-se sexo, idade, raça/cor, escolaridade, características clínicas, testagem para HIV e desfechos do tratamento. Resultados: Foram 2.233 casos notificados, sendo 85,1% homens, com média de 34,7 anos, 56,6% pardos, 92,2% acometidos pela forma pulmonar, 36,4% realizaram Tratamento Diretamente Observado e 67,2% tiveram cura. Foi observado aumento progressivo na incidência, na testagem para HIV, coinfecção TB+HIV e tratamento. Tratamento Diretamente Observado, cura, óbito, abandono e informação sobre encerramento na ficha não sofreram alterações significativas na série. Conclusão: Frente ao observado, ações socioeconômicas, intersetoriais e de estímulo e capacitação à equipe mostram-se fundamentais, especialmente relacionadas ao incentivo do Tratamento Diretamente Observado.