Objetivo: o objetivo do presente estudo cefalométrico retrospectivo consistiu em investigar os efeitos induzidos pelo aparelho Herbst, complementados pela mecânica ortodôntica com aparelho Straight wire e elásticos de Classe II, na correção da má oclusão Classe II, divisão 1, Padrão II, com deficiência mandibular, na dentadura permanente. Metodologia: foram traçadas telerradiografias iniciais (idade média de 12 anos e 10 meses) e finais (idade média de 14 anos e 8 meses) de 18 pacientes, 12 meninos e 6 meninas, para quantificar o comportamento de 12 grandezas cefalométricas representativas da posição sagital das bases apicais, convexidade facial, rotação mandibular e posição sagital dos incisivos superiores e inferiores. O tempo médio de tratamento foi de 22,5 meses, sendo 9,8 meses com o aparelho Herbst e 13 meses com a mecânica ortodôntica subseqüente. Resultados e Conclusões: os resultados registraram: 1) ausência de influência no comportamento da maxila; 2) avanço mandibular; 3) redução na convexidade facial; 4) preservação da inclinação do plano mandibular e 5) presença de compensação dentária, sobretudo nos incisivos inferiores (vestibularização). Reiterase, portanto, o fato de que, mesmo com aparelho ortopédico fixo, é mais previsível e mais fácil obter compensação dentária do que remodelação esquelética na correção ortopédica da deficiência mandibular.
INTRODUÇÃO E REVISÃO DA LITERATURAO denominador comum entre os aparelhos ditos ortopédicos funcionais para a correção da má oclusão Classe II é o deslocamento anterior forçado da mandíbula, variando apenas a natureza intermitente ou contínua desse avanço. Reside nesses aparelhos, entre outros desideratos, a pretensa virtude de amplificar o potencial de crescimento genético da mandíbula. O aparelho Herbst, um velho recurso empregado com insistência na Ortodontia contemporânea, ao promover o avanço contínuo da mandíbula, combina efeitos ortodônticos e ortopédicos, maxilares e mandibulares, na correção da deficiência