2018
DOI: 10.5965/2175180310252018289
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Trauma, história e luto: a perlaboração da violência

Abstract: Trauma, história e luto: a perlaboração da violência 1 Resumo Dar-se-á aqui atenção à dinâmica do reconhecimento de certos eventos traumáticos, de processos sociais de exteriorizaçãoe historicização -da violência traumática à perlaboração do passado. Logo, assinalar-se-ão os pontos fundamentais, tensões e limites à compreensão do que marca a estrutura de significado do trauma em nível psicológico e sociocultural. Desse modo, faz-se necessário averiguar os estudos sobre as implicações teóricas dos conceitos psi… Show more

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“…A construção do trauma emerge da ruptura psicológica de um indivíduo, Freud (1975a, p. 168) denominou tal estado de lesão da memória, em face às atrocidades que colocam a vida em risco, que rompem com o "escudo protetor", com as barreiras protetoras da consciência, de "neurose traumática" ("traumatische Neurose"). (Rosa, 2018, p. 291) Segundo Rosa (2018), nas concepções freudianas, o trauma consiste em uma violação avassaladora cometida sobre a mente, diz respeito à experiência que rompe as proteções da consciência, destruindo o sentido. Junto ao trauma surge um entorpecimento, uma apatia onde o traumatizado retém um momento estabilizado por uma experiência inacessível à consciência, prevenindo que ela retorne ao seu lugar no passado.…”
Section: Reflexões Sobre Luto Trauma E Perdaunclassified
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“…A construção do trauma emerge da ruptura psicológica de um indivíduo, Freud (1975a, p. 168) denominou tal estado de lesão da memória, em face às atrocidades que colocam a vida em risco, que rompem com o "escudo protetor", com as barreiras protetoras da consciência, de "neurose traumática" ("traumatische Neurose"). (Rosa, 2018, p. 291) Segundo Rosa (2018), nas concepções freudianas, o trauma consiste em uma violação avassaladora cometida sobre a mente, diz respeito à experiência que rompe as proteções da consciência, destruindo o sentido. Junto ao trauma surge um entorpecimento, uma apatia onde o traumatizado retém um momento estabilizado por uma experiência inacessível à consciência, prevenindo que ela retorne ao seu lugar no passado.…”
Section: Reflexões Sobre Luto Trauma E Perdaunclassified
“…Enquanto isso, nesta mesma noite chuvosa de fortes trovoadas, encontravase Gepeto aos pés da árvore que cresceu a partir da pinha de Carlo. E do interior do tronco do pinheiro, o grilo escutava as murmurações do pai: (Del Toro, 2022) Neste fragmento, percebe-se a manifestação da saudade que leva o pai a sonhar com o filho, PARKES (1998) afirma que o enlutado em momento de sono ou em períodos de atenção relaxada, as lembranças invadem a sua mente, provocando sonhos que servem como uma forma de continuidade do relacionamento com o ente querido, mesmo após sua morte. Para o autor, "as situações de dor trazem um desejo persistente e obstrutivo pela pessoa que morreu.…”
Section: Análise Da Representação Do Luto Na Versão De Pinóquio Por G...unclassified
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“…A concepção de alguma forma de atividade comunitária pode facilitar o manejo das consequências da violência traumática devido à identidade transindividual vinculada à memória cultural (Rosa, 2018). Assim, as práticas culturais de memória coletiva, por meio da construção de representações que reforcem a identidade grupal, podem ser determinantes para o processo de elaboração do trauma, sobretudo, quando o processo é conduzido a partir do luto implicado, que encontra maiores possibilidades de delimitação e "dizer".…”
Section: Trauma Socialunclassified
“…Refletimos sobre o conceito de perlaboração que, segundo Rosa (2018), a partir da prática clínica, considera o modo como o sujeito se relaciona com os impulsos inconscientes e passa a fazer um esforço em que reconhece a possibilidade de distinguir o passado do presente, de reabrir o caminho da memória.A descrença do adulto que recebeu o pedido de ajuda quando a vítima revelou o abuso marca a desconfiança, e a criança se retrai reprimindo a vivência. A perlaboração, conformeRosa (2018), mostra oposição às resistências dando outras perspectivas a tal experiência. Nesse sentido, é "um trabalho psíquico que predispõe o sujeito a aceitar certos elementos nele reprimidos, libertando-o"(ROSA, 2018, p. 298).…”
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