Tratamento e abandono de casos notificados de Tuberculose do Estado do Rio Grande do Sul

Abstract

Objetiva-se verificar a taxa de cura e de abandono do tratamento de pessoas com tuberculose notificadas no Estado do Rio Grande do Sul no período de 2006 a 2016. Métodologia: estudo transversal retrospectivo através do Sistema de Informação em Saúde utilizando-se o Sistema de Informação e Agravos de Notificações, incluídas notificações por tuberculose no período de 2006 a dezembro de 2016 e residentes no Rio Grande do Sul. Resultados: o enceramento dos casos classificados como abandono foi de 16%, taxa média de cura foi de 76%, óbitos por outras causas a taxa média de 18% e a taxa de óbitos por tuberculose no período analisado foi de 4%. Conclusão: a maioria dos. Sendo necessário repensar estratégias conforme preconizado pelo Ministério da saúde para o controle deste agravo.

Fatores associados à cura da tuberculose no Norte de Minas Gerais, 2009 a 2018

“…de álcool e aumento do curso desfavorável da doença (Brasil, 2019b) Rio de Janeiro em que indivíduos da raça/cor da pele preta (OR 0,62; IC95% 0,57;0,67) e parda (OR 0,73; IC95% 0,68;0,78) foram associadas a menor chance de cura, comparados àqueles de raça/cor branca; a mesma associação se observou na faixa etária de 20-39 anos (OR 0,65; IC95% 0,58;0,73) (Santos et al, 2018). Estudo transversal no Estado do Rio Grande do Sul mostrou proporção de cura maior entre os indivíduos brancos (73%) em relação aos indivíduos negros (16%) (Deus et al, 2020).…”

“…O Boletim Global da Tuberculose de 2020 mostra uma taxa de cura para crianças e adolescentes jovens de 84% bem semelhante à dos adultos (OMS, 2020). Em estudo realizado no Rio Grande do Sul o maior percentual de cura ocorreu na faixa etária 0 a 14 anos (89%), sendo fator protetor para a cura da TB o que pode ser atribuído ao fato dos cuidados familiares serem maiores nessa faixa etária bem como a menor probabilidade de resistência ao fármaco (Deus et al, 2020).…”

“…O percentual de cura entre os casos novos de TB pulmonar com confirmação laboratorial em 2017 no Brasil foi de 71,4% (Brasil 2019a). Dado ligeiramente inferior ao da taxa de cura encontrada em estudo realizado no Rio Grande do Sul que em média nos anos de 2006 a 2016 perfez 76% de cura e maior que os 61 % de cura encontrado no estado do Piauí nos anos de 2015 a 2020 (Deus, Goerch, Noal, Megier, & Anversa, 2020;Vilela et al, 2021). Os resultados obtidos no presente estudo são semelhantes aos de Minas Gerais, que ao longo dos anos mostrou ocorrência de queda do percentual de cura, partindo de 80,2% em 2007 para 71,2% em 2017 (Minas Gerais, 2019).…”