A Antropologia Forense visa estimar, por meio da análise de remanescentes ósseos, características como idade, sexo, ancestralidade, estatura e destreza manual para estabelecer o perfil antropológico. Este estudo piloto, partindo da hipótese de que o lado dominante, que guarda relação com a destreza manual, pode influenciar algumas estruturas ósseas, objetivou testar a estimativa de destreza manual analisando o nível de reabsorção óssea alveolar em maxila e mandíbula, baseado na possível assimetria óssea alveolar existente entre os dentes e seus contralaterais de acordo com a dominância lateral exercida por uma pessoa ocasionada por traumas biomecânicos durante a escovação dental ao longo da vida. A amostra foi composta por 30 ossadas do Laboratório de Antropologia Forense do Centro de Medicina Legal. A mensuração do nível de reabsorção óssea alveolar foi realizada através de um paquímetro digital para determinar a distância entre a junção cemento-esmalte e o rebordo alveolar. Os dados obtidos foram analisados por meio de estatística descritiva, verificando uma diferença no nível de reabsorção óssea entre os dentes e seus contralaterais e o resultado do lado com maior reabsorção foi comparado com o resultado do respectivo laudo antropológico. O resultado da metodologia testada com o laudo antropológico foi coincidente em 14 maxilas (46,66%) e em 12 mandíbulas (40,00%), sendo possível concluir, com base na metodologia proposta e na amostra estudada neste estudo piloto, que o método não foi aplicável para estimativa da destreza manual.