O uso abusivo de substâncias psicoativas (SPA) pode causar alterações fisiológicas, problemas psicológicos e sociais, impactando negativamente na qualidade de vida, causando danos socioeconômicos e na saúde física e mental do usuário. Além disso, pode estar relacionado à presença de transtornos mentais e, consequentemente, ao risco de suicídio, tornando-se, portanto, um grave problema de saúde pública que carece de investigações nesse público. Objetiva-se investigar a presença de Transtorno Mental Comum e o risco de suicídio em usuários de SPA residentes em Comunidades Terapêuticas da Região Norte do Estado do Ceará. Trata-se de um estudo descritivo, de delineamento transversal com abordagem quantitativa, realizado com 60 usuários de Comunidades Terapêuticas por meio da realização de entrevista semiestruturada e 3 instrumentos: formulário sociodemográfico, Índice de Risco de Suicídio e Self-Reporting Questionnaire. Os resultados apontam maior percentual do sexo masculino, 71,7% (n=43), com idade entre 20 e 35 anos, 45% (n=27). Além disso, 81,7% (n=49) dos usuários apresentaram rastreamento positivo para Transtorno Mental Comum, com foco na apresentação de sintomas somáticos e humor depressivo e ansioso. E quanto ao risco de suicídio, perceberam-se dados importantes em que 61,7% (n=37) apresentaram risco elevado. Diante do que foi exposto, o suicídio, assim como o uso abusivo de SPA, destaca-se como grave problema de saúde pública. A partir disso, observa-se a necessidade de um plano estratégico e eficaz para a prevenção do suicídio, intentando a garantia de assistência integral aos usuários de SPA que se encontram mais susceptíveis.