“…E o TDAH é compreendido como um problema de limite de contato e um mecanismo de autorregulação na tentativa de interagir com o meio. Manter um contato superficial com as coisas, mudando o foco da atenção, numa interminável busca por harmonia organística, mostra que o ritmo acelerado da sociedade moderna gera excesso de excitação, mobilizando a criança para a ação, muitas vezes de forma impulsiva (GUISSO;FABRO, 2016).Na perspectiva da psicologia Histórico-Cultural, a atenção voluntária é construída a partir de um percurso que inicia da atenção involuntária da criança através da mediação dos adultos, passando pela atenção voluntária externa até se consolidar na atenção voluntária interna na fase de transição para a adolescência. Deste modo, não é possível esperar que uma criança já possua atenção voluntária firmada (EIDT; TULESKI; FRANCO, 2014).Para os estudos psicanalíticos de De Luccia (2014), certos comportamentos de crianças com TDAH são defesas imaturas, onipotência, negação, cisão, raiva, inveja, tendências destrutivas e fragilidade do superego, como elementos típicos de um caráter narcisista.…”