O presente artigo tem por objetivo analisar cinco perfis da rede social Instagram com produção de conteúdos acerca da comunidade não binária. Os perfis utilizados foram: Coletivo Trans Não-Binárie (@coletivotransnaobinarie), Rexistência Não-Binária (@rexistencianaobinaria), Ser Não-Binário (@sernaobinario), Nick Nagari (@nicknagari) e Mar Facciolla (@mardemar.nb); todos eles analisados entre 2021-2022. Essa investigação permite entender como a articulação deste movimento tem criado suas rotas de fuga, subvertendo as armadilhas do CIStema, com o qual rompem, colaborando com o protagonismo trans nas redes. Aqui, debato até que ponto conseguimos cruzar a História com a não binariedade, compreendendo as disputas que há nas narrativas e nos discursos para que construamos histórias não binárias ou uma História da não binariedade no Brasil. Utilizo como aporte teórico: Cristiane Dias (2018), Maria Lugones (2014), Guacira Lopes Louro (2004), Megg Rayara Gomes de Oliveira (2020), Jota Mombaça (2021), Letícia Nascimento (2021), Fernando Seffner (2021), atrelada à Autobixografia (Thallys Mann, 2020) como ferramenta metodológica e minha escrevivência enquanto pessoa não binária para construção das narrativas. Assim, pretendo contribuir ao campo historiográfico dos estudos trans no nosso país.