O objetivo deste artigo é analisar a morfologia do trabalho das mulheres inseridas na cadeia produtiva do dendê na microrregião de Tomé-Açu no estado Pará. Para tal, foram realizadas pesquisas bibliográficas, documentais e de campo. A dendeicultura é um fenômeno que altera a dinâmica do espaço agrário na Amazônia, tal fenômeno acentua a divisão sexual do trabalho e transformam as mulheres envolvidas na cadeia de produção do dendê em trabalhadoras do capital, seja através dos contratos de integração dentro da agricultura familiar, seja na forma de trabalhadoras assalariadas das empresas de cultivo de dendê. Assim, o processo da dendeicultura reflete nas relações de trabalho contribuindo para a vulnerabilidade social dessas trabalhadoras que sofrem diretamente com a dinâmica dos processos de inserção do cultivo do dendê dentro da região amazônica.