O mel consiste em uma solução sobressaturada de açúcares, produzido por abelhas melíferas a partir do néctar das flores. Possui alto grau de complexidade em sua composição, e até o momento já foram encontradas 181 substâncias distintas. O presente estudo realizou uma comparação das análises físico-químicas e capacidade antioxidante total entre amostras de méis de abelhas africanizadas (Apis mellifera L.) e de abelhas sem ferrão Jataí (Tetragonisca angustula) de amostras obtidas na cidade de Joinville-SC. Foi possível observar que o mel de abelha nativa apresentou 73,68% de açúcares totais, enquanto que o mel de abelhas africanizadas foi de 63,78%. Já o teor de açúcares redutores obtidos para A. mellifera foi de 59,97%, enquanto que para T. Angustula foi de 70,08%, assim as amostras de méis de abelhas africanizadas mostra-se fora do valor estabelecido pela Legislação Brasileiras sobre qualidade de méis, na qual determina que o mel deve apresentar no mínimo 65% de açúcares redutores, ou seja, 65g/100g de mel. No entanto, foi observado que a capacidade antioxidante total nos méis de abelhas nativas (18,53 µmol/L) foi superior quando comparado com os méis de abelhas africanizadas (10,76 µmol/L). Embora foi observada diferenças entres os valores para hidroximetilfurfural (HMF) do mel de abelhas jataí (18,6 mg/kg) e africanizada (23,3 mg/kg), os valores ficaram dentro do limite aceitável para este parâmetro. Assim, o presente estudo evidenciou que há diferenças entre os méis das duas abelhas, e que de forma muito relevante, o mel das abelhas nativas apresentou capacidade antioxidante total superior do que o mel de abelhas exóticas, evidenciando a necessidade de mais estudos aprofundando esta temática.