Resumo: Pretendo nesse artigo retomar algumas questões apresentadas em mesas-redondas e debates sobre o cinquentenário do Golpe Civil e Militar de 1964 em Alagoas. A partir de um balanço sobre o que se falou a respeito do Golpe nos aniversários de 40 e 50 anos, procuro focalizar a disputa pela memória e o silêncio a respeito do envolvimento de alguns setores civis, principalmente a imprensa alagoana que, além de encobrir os fatos relativos às mobilizações dos trabalhadores, incentivaram a derrubada do governo constitucional de João Goulart. Intento ainda fazer uma breve análise sobre a produção acadêmica e memorialística local, desembocando num inventário sobre as fontes de pesquisa que tem surgido nos últimos anos.Palavras-chave: Golpe de 1964; Alagoas; História e Memória.Abstract: I intend this article to reproduce some issues presented in roundtable discussions and debates on the fiftieth anniversary of the Civil and Military Coup of 1964 in Alagoas. From a balance sheet of what has been said about the coup birthdays of 40 and 50 years, I try to focus on the race for the memory and the silence about the involvement of some civilian sectors, mainly alagoana press that besides covering up facts relating to the mobilization of workers, encouraged the overthrow of the constitutional government of Joao Goulart. Still attempt to make a brief analysis of the academic and memoirs local production, ending in an inventory of the sources of research that has emerged in recent years.