A necessidade de procedimentos odontológicos mais invasivos em pacientes cardiopatas tem sido crescente e a administração de anestésicos locais associados a vasoconstritores é o método mais utilizado no sentido de permitir a adequação necessária para uma gama de condutas. Entre estas, a exodontia é um dos procedimentos mais frequentes no cotidiano do cirurgião-dentista e apesar da baixa taxa de complicações, o planejamento do tratamento deve considerar fatores como: idade, gênero e histórico médico e odontológico. A monitorização constante dos sinais vitais e conhecimento do volume anestésico e técnica adequada para cada caso é imprescindível para diminuir intercorrências como intoxicação anestésica, arritmias, insuficiência cardíaca, alterações significativas nas pressões sistólica e diastólica e reações de hipersensibilidade. O manuscrito trata-se de uma revisão de literatura narrativa com abordagem qualitativa, este objetivou compreender sobre os efeitos imediatos dos vasoconstrictores presentes no anestésico local em pacientes cardiopatas. A busca foi realizada nas plataformas BVS, PubMed, Scielo e Google Acadêmico redigidos nos idiomas português e inglês, entre 2007 e 2022. Os estudos relatam que em determinadas dosagens não há diferenças clínicas significativas e o uso de vasoconstritores não é contra-indicado em pacientes com doenças cardiovasculares. Entretanto, não há evidências científicas suficientes para afirmar que os possíveis colaterais em cardiopatas sejam decorrentes exclusivamente dos vasoconstritores.