Este artigo descreve através da estrutura de ensaio, os bonecos articulados, também conhecidos atualmente como action figures. Essa abordagem se constitui através de uma teoria ciborgue e dos preceitos das teorias das materialidades da comunicação. Marshall McLuhan estabeleceu que muitos gadgets utilizados no cotidiano do homem podem funcionar como extensões de seu corpo. Dessa forma, utilizo a teoria do corpo ciborgue de Donna Haraway aliada à teoria dos jogos de Johan Huizinga para explicar como as materialidades da comunicação afetam a utilização de action figures nas masculinidades dos seres humanos, seja através das brincadeiras ou do mero colecionismo. Também estipulo, a partir desses pressupostos, algumas propostas para o estudo de masculinidades com/em action figures para trabalhos futuros que pretendam ampliar esta análise e essas ideias. Concluo este ensaio na direção de movimentos que possam usar as condições materiais dos action figures como forma de desfazer e refazer o gênero.