RESUMO: A população no Brasil atingirá seu pico aproximadamente no ano 2050, período em que a demanda por recursos naturais crescerá, sobretudo a da água. O adensamento populacional reduz a disponibilidade hídrica por habitante, além de prejudicar a qualidade dos mananciais. O objetivo desse artigo é aplicar um modelo matemático para avaliar se a utilização de sistemas prediais de água não potável podem ser uma fonte alternativa economicamente viável, em relação à ampliação do sistema centralizado de produção de água potável. A água não potável pode atender uma parte da demanda dos usos domésticos numa proporção estimada de 80% de consumo de água potável e 20% de consumo em fins que não demandam água potável. Realizou-se pesquisa bibliográfica e foram coletados custos de execução, operação e manutenção, de um sistema predial de água não potável recuperada (SPANP-R) descentralizado individual e do sistema produtor São Lourenço (SPSL). O modelo matemático foi formulado e aplicado aos dados coletados, que foram ajustados para levar em consideração o ganho decorrente da utilização em larga escala dos sistemas de água não potável. Os resultados indicam que a produção de água não potável em edifícios tem menor viabilidade econômica em relação ao SPSL no cenário avaliado