Introdução: Potenciais evocados auditivos de estado estável são respostas eletrofisiológicas a tons contínuos, modulados em amplitude que podem ser registradas por eletródios de superfície e permitem uma avaliação mais detalhada e objetiva da audição, devido à seletividade de freqüências e objetividade na análise das respostas. Objetivo: Averiguar se esta nova técnica, que está sendo introduzida no Brasil, é realmente confiável e eficiente para ser incluída na rotina de avaliação audiométrica objetiva. Forma de estudo: clínico prospectivo. Material e Método: analisar as respostas dos potenciais auditivos de estado estável, nas freqüências de 500, 1000, 2000 e 4000Hz, obtidas em um grupo composto por 25 indivíduos adultos, com idades entre 21 e 40 anos, sem queixas auditivas e com limiares psicoacústicos entre 0 e 15dB NA. Resultados: As respostas evocadas dos potenciais de estado estável no domínio da freqüência foram facilmente detectadas, através de procedimentos matemáticos, entre 20 e 40dB NA em todos os indivíduos, em pelo menos seis das oito freqüências pesquisadas, correspondente a 97% de um total de 200 respostas esperadas. Uma grande concentração (85%) destas respostas foi obtida até 30dB NA, das quais: 80% em 500Hz; 84% em 1KHz; 90% em 2KHz e 86% na freqüência de 4KHz. Conclusão: Os resultados mostraram-se compatíveis com os estudos realizados por pesquisadores de outros países, isto é, uma aproximação de 15 a 20dB NA dos limiares psicoacústicos. Foram confirmadas também as principais vantagens sobre os outros métodos de avaliação auditiva eletrofisiológica: a objetividade da análise dos registros e a seletividade de freqüência das respostas dos potenciais evocados auditivos de estado estável, fazendo supor que, em breve, esta técnica assumirá um papel de destaque na audiometria objetiva. This present paper has analyzed normal-hearing auditory steady-state responses at frequencies of 500, 1000, 2000 e 4000Hz, recorded from a group of 25 subjects between 21 and 40 years of age. The subjects had hearing thresholds of 0 to 15dB HL, and none of them had any personal history of hearing impairment. Results: Steady-state evoked responses in the frequency-domain were easily detected bilaterally, using statistical techniques, in all of the subjects with intensities varying between 20 and 40dB HL, in at least six of eight studied frequencies, corresponding to 97% of 200 waited responses. A high concentration of the responses (85%) were obtained at intensities down to 30dB HL, of which 80% to tones of 500Hz; 84% to tones of 1KHz; 90% to tones of 2KHz, and 86% to tones of 4KHz. Conclusion: Auditory steady-state evoked responses reported here were quite similar to several studies done in other countries, that is, nearly 15 to 20dB HL from behavioral thresholds. The main advantages over other electrophysiologic auditory evaluation techniques were confirmed as: the recording analysis objectiveness, and steadystate frequency-specific responses, so it is believed to be a technique that will soon play an important role ...