Theories of God: Explanatory coherence in religious cognition

Abstract

Representations of God in art, literature, and discourse range from the highly anthropomorphic to the highly abstract. The present study explored whether people who endorse anthropomorphic God concepts hold different religious beliefs and engage in different religious practices than those who endorse abstract concepts. Adults of various religious affiliations (n = 275) completed a questionnaire that probed their beliefs about God, angels, Satan, Heaven, Hell, cosmogenesis, anthropogenesis, human suffering, and human misdeeds, as well as their experiences regarding prayer, worship, and religious development. Responses to the questionnaire were analyzed by how strongly participants anthropomorphized God in a property-attribution task. Overall, the more participants anthropomorphized God, the more concretely they interpreted religious ideas, importing their understanding of human affairs into their understanding of divine affairs. These findings suggest not only that individuals vary greatly in how they interpret the same religious ideas but also that those interpretations cohere along a concrete-to-abstract dimension, anchored on the concrete side by our everyday notions of people.

O conceito Deus em crianças cristãs: o antropomorfismo e o uso das imagens religiosas

“…O conceito de Deus normalmente se desenvolve dentro de tradições religiosas específicas, porém os participantes podem aprender sobre Deus na literatura, nas artes e nos discursos cotidianos (Shtulman, 2010). Em nosso contexto social, alguns autores (Droogers, 1987) sugerem a existência de uma "religiosidade mínima brasileira" manifestada publicamente em contextos seculares e veiculadas pelos meios de comunicação de massa e pela linguagem cotidiana, fazendo parte da cultura brasileira e servindo, inclusive, a fins nacionalistas.…”

“…No que concerne às representações de Deus, a literatura especializada aponta heterogeneidade e disparidade: ora este é conceituado de maneira bastante antropomórfica (ex: a inteligência criadora, Papai-no-céu), ora bastante abstrata (ex: o espírito universal, a primeira causa) (Shtulman, 2010). Nesse sentido, alguns autores sugerem múltiplos níveis de representação dos conceitos religiosos, na qual estes são ativados diferentemente em função do seu contexto de uso (Barrett, 1999).…”

“…Os dados até então arrolados sugerem que tais conceitos parecem seguir uma certa lógica: em um primeiro momento, durante a infância, as crianças utilizam de características mais antropomórficas e não distinguem capacidades de humanos, deuses e agentes fictícios até pelo o pleno desenvolvimento de sua teoria da mente, por volta dos cinco anos. Após essa idade, as crianças já são capazes de diferenciar (Barrett et al, 2001;Pnevmatikos, 2002;Shtulman, 2010) avançada por alguns acadêmicos (Gelman, 2011;Shtulman & Lombrozo, 2016) ligados à visão teórica poderia explicar melhor a transição ocorrida do pensamento mais ao menos antropomórfico do que a hipótese da prontidão.…”

“…Embora os conceitos religiosos não constituam um domínio autônomo, conforme foi explicitado na Seção 4.1, ainda sim é possível que eles se organizem segundo os preceitos da visão teórica. Conforme sugere Shtulman (2008), os adultos tendem a sustentar conceitos menos antropomórficos que crianças, porém, alguns sustentam conceitos bastante antropomórficos e outros, menos (Shtulman, 2010 (Shtulman, 2010, p.6).…”

“…O que estamos sugerindo já foi notado por outros pesquisadores, de que os conceitos dos agentes intencionais religiosos possam ser interpretados a partir da visão teórica (Barrett et al, 2001;Pnevmatikos, 2002;Shtulman, 2010 (Kiessling & Perner, 2014, p.2).…”