The velamen of epiphytic orchids: Variation in structure and correlations with nutrient absorption

Desenvolvimento inicial em raízes de epífitas: o que as cores do ápice radicular podem nos dizer sobre o desenvolvimento do velame?

“…Considerando a estrutura das raízes estudas, as quatro espécies de Cattleya apresentaram uma composição tecidual tipicamente descrita para outras espécies de orquídeas epífitas (Krauss 1948;Moreira & Isaias 2008;Moreira et al 2013;Joca et al 2017 (Albersheim et al 1996;Albersheim et al 2010;Joca et al 2017).…”

“…Obrigada por tudo. (Engard 1944) e frequentemente apresentam paredes com espessamentos secundários (Joca et al 2017).…”

“…Desempenham um papel de auxiliar na absorção de água pelo fluxo apoplástico e podem estar envolvidos na proteção mecânica e na redução da perda de água (Albersheim et al 1996;Willats et al 2000). A composição da parede celular e o grau de metil-esterificação das pectinas nas células dos tecidos das raízes de orquídeas têm subsidiado discussões quanto aos papéis que cada componente da parede assume frente à capacidade de absorção, retenção ou transporte de água, dentre outros aspectos relacionados à aquisição de recursos nos tecidos (Willats et al 2001;Joca et al 2017). Sugere-se que a matriz péctica possa agir como moderadora de trocas catiônicas, uma vez que os grupos carboxílicos (COO -) com carga naturalmente negativa podem atrair compostos de carga positiva (Zotz & Winkler 2013;Joca et al 2017).…”

“…Nos estágios finais de desenvolvimento da parede primária, e na formação da parede secundária das células do velame, destaca-se também a deposição de suberina e ligninas, principalmente na lamela media da célula, ambas relacionadas com adaptações e funções fisiológicas especializadas do tecido. A lignina fornece uma estabilidade mecânica para a planta (Monties 1989;Campbell & Sederoff 1996;Zeier & Schreiber 1997), enquanto que a suberina impermeabiliza as paredes celulares por ser altamente hidrofóbica, podendo aumentar o fluxo apoplástico no velame e impedir na exoderme e na endoderme (North & Nobel 1994;Enstone & Peterson 2005;Franke & Schreiber 2007;Joca et al 2017). Por outro lado, a compactação e composição química (incluindo suberina muitas vezes acrescida de lignina) das células básicas da exoderme e da endoderme, faz com que a água e os nutrientes sejam guiados pelo simplasto nestas camadas (células de passagem), o que permite uma pré-seleção dos solutos que devem ser absorvidos antes de atingirem o cilindro vascular.…”

“…Outros autores atribuem também à suberina, a função de barreira à perda de água pelas raízes, reduzindo a desidratação (Zimmermann et al 2000;Hose et al 2001;Franke & Schreiber 2007). À lignina, sugerese também um papel no fluxo apoplástico no córtex (ora como barreira, ora guiando em direção ao estelo) (Joca et al 2017) e, em conjunto com células lignificadas da exoderme, auxiliam na proteção mecânica e diminuem a perda de água do córtex para o ambiente externo quando presentes no velame (Sanford & Adanlawo 1973;Benzing et al 1982;Ma & Peterson 2003).…”