Agradeço à Prof.ª. Inara Luisa Marin, pela generosa orientação que me ofereceu desde a escrita do projeto, quando eu dispunha de uma ideia ainda muito vaga do que seria realizar uma pesquisa na filosofia. Que este tenha sido apenas o início de uma longa parceria que me permitiu acessar um novo mundo.
AoGrupo de Estudos em Teoria Crítica da Unicamp, sem o qual a passagem para filosofia teria sido, senão impossível, ao menos, muito mais difícil. Em especial à Raquel Patriota, ao Fernando Bee, ao Ricardo Lira, ao Rafael Palazi, à Bárbara Santos e ao Paulo Yamawake, que foram fundamentais neste percurso. Um agradecimento especial ao Prof. Marcos Nobre, cujos comentários e ensinamentos em muito contribuíram para a realização deste trabalho. Agradeço também a todos do grupo de Psicanálise e Teoria Crítica do Núcleo de Direito e Democracia do CEBRAP pelos ensinamentos e inspiração transmitidos. Aos membros da banca de qualificação e da banca de defesa do mestrado, Prof.ª. Virgínia Helena Ferreira da Costa, Prof. Marcos Nobre e Prof.ª Taisa Palhares, pela leitura dedicada e pelos comentários inspiradores e desafiadores. Agradeço à minha família e aos amigos por todo apoio oferecido, pelo estímulo e a alegria cotidiana. Em especial aos meus pais, Ana e Maurício, por toda generosidade e carinho. Ao João Pedro, meu companheiro de todas as horas, pelo carinho, pela paciência e por me manter firme. Agradeço ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pelo apoio financeiro, sem o qual não seria possível realizar esta pesquisa. Na esperança que muitos outros depois de mim possam também contar com esse apoio.Por fim, agradeço ao Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Unicamp pela estrutura dada para a pesquisa. Em especial, agradeço à Daniela Grigolletto pela paciência e tranquilidade na ajuda com as burocracias da vida acadêmica.
RESUMOEsta pesquisa buscou investigar o conceito de fantasia apresentado em Eros e Civilização (1955) como uma apropriação da teoria freudiana. Nossa hipótese é que a investigação do conceito de fantasia, à luz das contribuições específicas da teoria freudiana e da atualização que Marcuse realiza, permite uma interpretação do modelo marcuseano como um modelo do conflito. Neste, está colocado o conflito entre as tendências de dominação e libertação, que tem origem na ambivalência presente na teoria freudiana, especialmente entre princípio de prazer e princípio de realidade e entre pulsões de vida e pulsões de morte. No entanto, Marcuse deseja se afastar do pessimismo de Freud postulando a hipótese de uma civilização não repressiva. Para isso, ele desenvolve o que descreve como uma "tendência oculta na psicanálise". Primeiro, destacando os elementos da teoria freudiana que contrariam a sua própria tese. Em segundo, historicizando os conceitos freudianos. Sua tese é que diante das conquistas da civilização repressiva estabelece-se um novo diagnóstico da dominação na civilização. Neste percurso, a fantasia desponta no modelo crítico marcuseano como uma abertura para horizonte...