“…Smith (2000) mostrou que a distribuição horizontal do aquecimento é importante para o desenvolvimento de ciclones. Essa distribuição do aquecimento, quando caracteriza-se por altos gradientes horizontais de temperatura, tais como 0,3 ºC km -1 , conforme encontrado por Pezzi et al (2009) na confluência das correntes Brasil-Malvinas, tem relação com os fluxos de calor latente e sensível entre a superfície oceânica e a atmosfera, os quais contribuem para o desenvolvimento de ciclones (Nuss e Anthes, 1987;Davis e Emanuel, 1988;Crescenti e Weller, 1992;Neiman e Shapiro, 1993;Saraiva, 1996;Piva, 2001 e Piva et al, 2008Piva et al, e 2011. Além disso, há a influência da Cordilheira dos Andes (Satyamurty et al, 1980;Gan e Rao, 1994;Sinclair, 1995;Seluchi et al, 1998;Seluchi e Saulo, 1998;Vera et al, 2002;Miky-Funatsu et al, 2004;Hoskins e Hodges, 2005;Mendes et al, 2007), visto que a vorticidade ciclônica associada com o distúrbio transiente perde intensidade ao se aproximar dos Andes devido a redução da coluna atmosférica (Hoskins, 1997), voltando a se intensificar após ultrapassar a cordilheira.…”