Resumo: Neste artigo, as relações entre processos de criação em curadoria, experiência estética e percepção do corpo são exploradas. Projetos de curadoria de grandes exposições de arte, como a Bienal de São Paulo e a Documenta de Kassel, buscam, em suas propostas, estimular experiências estéticas transformadoras em vários sentidos. Nesse contexto, nosso objetivo é discutir como o projeto curatorial da 33 a Bienal de São Paulo ( 2018), com coordenação geral de Gabriel Pérez-Barreiro, problematiza a percepção do corpo tanto na relação do visitante com seu corpo individual como em rede com o corpo das obras e do espaço expositivo. Nosso argumento é que Pérez-Barreiro, em sua curadoria, empreende uma experiência que potencializa diferentes graus de consciência corporal. O artigo propõe reflexões sobre o conceito de somaestética (SHUSTERMAN, 2008) e adota a cartografia como método (LEÃO, 2011). Palavras-chave: Processos de criação em curadoria. Bienal de São Paulo. Experiência estética. Percepção do corpo. Cartografia.