The language bioprogram hypothesis

Abstract

It is hypothesized that creole languages are largely invented by children and show fundamental similarities, which derive from a biological program for language. The structures of Hawaiian Pidgin and Hawaiian Creole are contrasted, and evidence is provided to show that the latter derived from the former in a single generation. A realistic model of the processes of Creole formation shows how several specific historical and demographic factors interacted to restrict, in varying degrees, the access of pidgin speakers to the dominant language, and hence the nature of input to the children of those speakers. It is shown that the resulting similarities of Creole languages derive from a single grammar with a restricted list of categories and operations. However, grammars of individual Creoles will differ from this grammar to a varying extent: The degree of difference will correlate very closely with the quantity of dominant-language input, which in turn is controlled by extralinguistic factors. Alternative explanations of the above phenomena are surveyed, in particular, substratum theory and monogenesis: Both are found inadequate to account for the facts. Primary acquisition is examined in light of the general hypothesis, and it is suggested that the bioprogram provides a skeletal model of language which the child can then readily convert into the target language. Cases of systematic error and precocious learning provide indirect support for the hypothesis. Some conjectures are made concerning the evolutionary origins of the bioprogram and what study of Creoles and related topics might reveal about language origins.

O Português Afro-Brasileiro

“…4 Contudo, há toda uma corrente da crioulística para a qual a reestruturação gramatical depende crucialmente da crioulização (BICKERTON, 1981(BICKERTON, , 1984(BICKERTON, , 1988(BICKERTON, , 1999. Essa abordagem focaliza contextos sócio-históricos bem distintos, constituídos em torno de grandes empreendimentos agroex-portadores, denominados plantations.…”

“…6 Essa gramática nova, a do crioulo inglês do Havaí, não era também uma mera colagem de estruturas gramaticais do chinês, do japonês ou do português, ou seja, das outras línguas envolvidas na situação de contato. Portanto, a gramática que teria emergido no processo de crioulização só poderia ser o resultado dos mecanismos atuantes no processo de aquisição da língua materna, que Bickerton (1981Bickerton ( , 1984Bickerton ( , 1988 denominou Bioprograma da Linguagem.…”

“…A noção da crioulização variável foi proposta de maneira explícita por Baker (1982) e Bickerton (1984), que afirmaram que a crioulização a partir de situações de contato com maior acesso aos modelos da LA deram origem a crioulos gramaticalmente mais próximos da LA. Baker baseou-se em estudos dos crioulos das Ilhas Maurício e de Reunião.…”

“…Para aqueles que defendem que a crioulização é crucial nos processos de transmissão linguística irregular (BICKERTON, 1981(BICKERTON, , 1984(BICKERTON, , 1988(BICKERTON, , 1999, a aquisição da língua materna (AL1) que ocorre em situações de contato massivo é bastante diferente daquela que ocorre nos processos normais de transmissão de uma língua natural de uma geração a outra. No cenário "normal", uma geração de falantes fornece os dados linguísticos primários (DLP) para o processo de aquisição da nova geração a partir de seu desempenho em sua língua nativa, de modo que a língua materna dos pais é que fornece os modelos para a aquisição da língua materna dos filhos.…”

“…12 A incapacidade de fornecer dados da morfologia flexional para funcionar como estímulo-gatilho para a fixação de parâmetros teria implicações profundas para a fixação de parâmetros relativos às estruturas sintáticas associadas à morfologia flexional, tais como o parâmetro do sujeito nulo e as regras de movimento (I. ROBERTS, 1997). Bickerton (1981Bickerton ( , 1984Bickerton ( , 1988 Sankoff (1984) e Muhlhäusler (1986 sobre o tok pisin, que já tinham identificado expansões semelhantes às encontradas em línguas crioulas. Além disso, há ainda outros traços nessa lista que podem ser atribuídos a expansões que provêm de transferências funcionais a partir das línguas do substrato (SEIGEL, 2008, p.197-202), o que apontaria para uma fase em que ainda havia falantes das línguas ancestrais usuários do pidgin.…”