O Integralismo, como demais fascismos, é repleto de imaginários. Imagens e signos a que o movimento historicamente lançou mão para construir a coesão argumentativa. Entre eles, talvez a principal seja o anticomunismo, elo de ligação entre o reacionarismo, autoritarismo, nacionalismo e populismo, os quatro conceitos que formam o fascismo. Este trabalho se propõe a discutir, através de um referencial teórico sobre Integralismo, fascismo e imaginário, contendo autores como Robert Paxton, Leandro Gonçalves, Denise Siqueira e Euler Siqueira, a construção do espantalho comunista no Integralismo. Através deste exercício hermenêutico, será possível compreender como o imaginário da paranoia comunista finca raízes no Brasil, e ampliar o estado da arte ao mostrar como este tipo de retórica é secular no país. Para isso, será tomado como objeto o Manifesto de maio, material no qual Plínio Salgado busca uma trégua com o Estado Novo após a tentativa frustrada do Levante de 1938, para combater o comunismo, mal maior. Por fim, o trabalho se propõe a responder a seguinte pergunta de pesquisa: de que forma Salgado constrói o imaginário do anticomunismo no Manifesto de maio, e por que o faz?