The Impact on Structures of the Pedrógão Grande Fire Complex in June 2017 (Portugal)

Abstract

On 17 June 2017, one of the most dramatic and destructive wildfires in Portugal’s History started, formed by a complex of at least five wildfires that merged together burning more than 45,000 hectares. In its aftermath, 66 persons lost their lives, most of them trying to run away from the fire, more than 250 were injured, and over 1000 structures (including 263 residential homes) were damaged or destroyed, with direct losses estimated at around 200 million euros. Shortly after the fire was extinguished, and as part of a larger analysis, the authors performed exhaustive field work to assess the fire impact on all manmade structures in the area of the Pedrógão Grande fire. A specific geodatabase was built, accounting for an extensive set of parameters aimed at characterizing: (i) The structure, (ii) the surroundings of the structure, and (iii) the arrival and impact of the fire. A total of 1043 structures were considered for the analysis, mostly support structures, like sheds or storage (38.6%), but also around 25% of dwellings (13.3% primary and 11.9% secondary). Regarding the ignitions, more than 60% of the structures were ignited due to the deposition of firebrands in different weak points. In addition, more than 60% of these ignitions occurred on the roofs, mainly because of the vulnerability associated with the structures and materials supporting them. Despite these results, and from what we observed on the structures that were not destroyed, we still consider that for the Portuguese reality houses are a good refuge, providing that they and their surroundings are managed and kept in good conditions.

Perspetivas Sobre os Incêndios na Interface Urbano-Florestal

“…Ao invés, em Portugal, as regras para mitigação do risco de incêndio rural incidem sobretudo na área envolvente, apresentando pouco desenvolvimento relativo às normas construtivas -embora existam diplomas legais no âmbito da segurança contra incêndios em edifícios, mas que se adequam essencialmente a incêndios provenientes do interior da construção. Esta omissão normativa poderá ser uma falha importante, uma vez que o principal fator de exposição dos edifícios aos incêndios rurais está relacionado com a projeção de partículas incandescentes a partir da frente de chama original (Viegas et al, 2017;Ribeiro et al, 2020), e não tanto pelos mecanismos de transferência direta de calor. Uma vez que estas projeções podem ter um alcance de várias dezenas ou centenas de metros, e por vezes mesmo de vários quilómetros, as características intrínsecas da construção assumem um grande relevo na mitigação do risco.…”

“…1) Casas sem placa de betão sob o telhado com armação em madeira (Figura 3a), facilitando a entrada de fagulhas para o interior da casa, o desmoronamento do telhado e a ocorrência de ashover -de acordo com Viegas et al (2017) e Ribeiro et al (2020), nos incêndios de 2017 em Pedrógão Grande e concelhos limítrofes, 62% das ignições primárias nos edifícios deu -se no telhado; 2) Janelas em vidro simples de 3mm de espessura ou menos (Figura 3b), que apresentam uma vulnerabilidade ao fogo muito superior às janelas em vidro simples com espessura igual ou superior a 4mm ou às janelas de vidro duplo; 3) Existência de anexos com grande vulnerabilidade ao fogo (Figura 3c) e, frequentemente, com muito material combustível (e.g., lenha ou botijas de gás) muito próximos ou em contacto com o edifício principal; 4) Paredes frágeis que podem fraturar com a passagem do fogo (Figura 3d), expondo o interior da casa à entrada de fagulhas; e 5) Elementos de apoio à casa, como pérgulas de videiras ou kiwis, com grande in amabilidade (Figura 3d).…”

Incêndios extremos em Portugal e na Grécia: reflexões sobre a importância da preparação e da comunicação do risco e da crise

“…Este incêndio atingiu velocidades de propagação de 15,2 kmh -1 e uma intensidade máxima de 60 000 kWm -1 apenas 6 horas após a sua ignição (CTI, 2017). Neste incêndio morreram 65 pessoas, e, em apenas 15 minutos, numa tentativa desesperada de fuga, 33 pessoas perderam a vida dentro ou perto dos seus veículos, num troço de estrada de apenas 400 m; este evento provocou mais de 250 feridos; destruíu ou danificou mais de 1000 estruturas, includindo 263 residências (Ribeiro et al, 2020b).…”

Real-Time Georeferencing of Fire Front Aerial Images Using Iterative Ray-Tracing and the Bearings-Range Extended Kalman Filter

“…The problem is exacerbated due to the difficulties of identifying, managing and predicting the fire propagation [ 1 , 3 , 4 ]. On 17 June 2017, a complex of at least five wildfires converged in the region of Pedrógão Grande, Portugal, and burned more than 450 km² while taking the life of 66 persons [ 5 ]. After that dramatic event, a large national research funding program for wildfire combat and prevention took place.…”