Este estudo, exposto de forma pessimista, pode ser visto
de outra perspectiva. Se a fotogrametria foi automatizada, é
porque os pesquisadores desta área estudaram e implementaram
sistemas inteligentes, capazes de reproduzir o seu trabalho
com qualidade igual ou superior ao que faziam. Por sua vez,
isto é mais provável de acontecer quando diferentes áreas
do conhecimento dialogam. Um exemplo desse diálogo no
escopo das Ciências Geodésicas são as contribuições mútuas
entre Fotogrametria e Visão Computacional, que ajudaram a dissipar o conhecimento extremamente específico produzido
por ambas (HARTLEY E MUNDY, 1993).
É no contexto destas duas áreas que se insere este
trabalho. Em resumo, faz-se aqui a investigação laboratorial de
um modelo matemático que aprimore a orientação de nuvens
de pontos 3D geradas por Laser Scanners Terrestres (LST).
Como nuvens de pontos 3D são o produto bruto de sensores
que utilizam o Sensoriamento Remoto ativo do tipo LIDAR
(Ligth Detection And Ranging), acredita-se que os modelos aqui
propostos serão igualmente benéficos para quaisquer outros
sistemas baseados nesta tecnologia.