The Geography of Perversion: Male-to-Male Sexual Behaviour outside the West and the Ethnographic Imagination, 1750-1918.

‘All the progressive forms of life are built up on the attraction of sex’: Development and the social function of the sexual instinct in late 19th- and early 20th-century Western European sexology

“…This understanding of sexual science reveals, as much recent scholarship has established, the centrality of colonial frameworks and fantasies about geographically distanced and often racialized 'Others' within sexual scientific research frameworks (Chiang, 2009; see also Bleys, 1996;Hoad, 2000;Leck, 2018;Leng, 2016;Marhoefer, 2022;Schields and Herzog, 2021;Willey, 2018). 4 As many scholars have shown, the sexological interest in the case study sat alongside an engagement with other inter-and cross-disciplinary forms of knowledge, including comparative evidence of different sexual customs and behaviours from historical, anthropological, sociological, and zoological investigations (Bauer, 2009(Bauer, , 2015Chiang, 2009;Funke, 2015, 2018;Leck, 2016;Leng, 2016Leng, , 2018Moore, 2021).…”

“Exogenia” e “tolerância”: o duplo papel da mídia impressa na institucionalização da homossexualidade no sul de Moçambique pós-colonial (1975-2007)

“…O que este artigo demonstra é uma visão que, apesar de negar direitos reivindicados pelas pessoas LGBT alhures, como o casamento e a adoção, não nega a humanidade dos homossexuais tampouco os condena à inexistência -como já parecem propagar diversas lideranças estrangeiras, vizinhas a Moçambique, a maioria delas de formação protestante e mulçumana. Não à toa, o catolicismo, seria acusado durante os últimos séculos de ser complacente com a homossexualidade (Bleys, 1995;Moodie e Ndatshe, 1990) e esta seria uma hipótese-chave de alguns autores para a maior tolerância da homossexualidade no país (Santos e Waites, 2019). Mas o mais importante aqui é perceber que enquanto no contexto da África Austral surgiam discursos de extermínio, que culminariam no encarceramento ou execução de pessoas LGBT nos anos 2000, em Moçambique o que se percebe é uma situação ou de silêncio ou de apaziguamento do conflito, característico da moralidade que reprimiu fortemente, desde o período colonial, até os dias de hoje, as manifestações públicas e organizadas de contestação social, que de forma nenhuma se restringem à questão homossexual (Miguel, 2021b).…”