Resumo-O método proposto tem como objetivo encontrar estratos geológicos semelhantes em locais diferentes utilizando os perfis de poço, que representam as medições pontoais de propriedades diversas dos estratos distribuídos na subsuperfície. Para isso, se estabelecem parâmetros de busca e os intervalos geométricos de exploração baseados nas distâncias e profundidade dos poços verticais ou inclinados. Em seguida, procedimentos de busca com Algoritmos Genéticos são executados em sequencia, para encontrar o maior número de estratos semelhantes. Para isso, a função de avaliação multiobjetivo do Algoritmo Genético utiliza o coeficiente de correlação e pode mudar de acordo com o tipo de informação de entrada e o número de poços envolvidos na correlação. As informações principais são os perfis estratificados de raio gama e as espessuras aproximadas dos estratos. As informações secundárias são outros tipos de perfis de poço, como os perfis sônicos ou de indução. Os procedimentos de busca para dois ou três poços são repetidos até encontrar o intervalo definido com a profundidade do perfil de poço com menos amostras. Finalmente, o método é testado com dados reais de Campo do Namorado na bacia de Campos, no Rio de Janeiro, em Brasil. Os resultados dos testes mostram uma identificação de agrupamentos de estratos coerente e convergente.Palavras-Chave-Algoritmos Genéticos; coeficiente de correlação; filtragem de sinais; perfilagem; perfil de raio gama.
I. INTRODUÇÃODurante a exploração de petróleo são obtidos os perfis de poço que contêm informações dos estratos atravessados por um poço. Por este motivo, os perfis de poço são utilizados para definir grosso modo as espessuras e as formas dos estratos na subsuperfície. As dimensões dos estratos podem ser interpoladas através da correlação lateral entre estratos de poços, a qual é uma prática antiga dos especialistas utilizada para isto e para inferir perfis geofísicos e geológicos entre dois ou mais poços. Mas esta tarefa pode ter várias soluções ou interpretações. Há três décadas iniciou o uso de técnicas de quantificação da semelhança de estratos, como a baseada no coeficiente de correlação [1], e continua até a hoje [2]. Assim, os métodos de correlação lateral podem ser manuais ou automáticos. No método manual o especialista procura feições e amostras de rochas semelhantes, apoiado em técnicas de identificação de litologia como em [3], [4]. Já os métodos automáticos, como os descritos em [5] e [6], são baseados em métodos analíticos e incluem conhecimento do especialista e identificação da litologia. Embora vários destes métodos apresentem bons resultados, sua integração pode ser complicada para uma grande quantidade de amostras. Por outro lado, os métodos desenvolvidos na última década são baseados na similaridade de padrões e correlação estocástica como em [7] e [8]. Entre os métodos com técnicas inteligentes estão a comparação Fuzzy de sequência de padrões [9], a correlação de estratos sísmicos com Algoritmos Genéticos [10], a correlação bioestratigráfica com Algoritmos Ge...