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Sociedade, poder e cultura no tempo de Ovídio
Autor(es):Pimentel, Maria Cristina de Sousa, ed.lit.; Rodrigues, Nuno Simões, ed.lit. Reservados todos os direitos. Nos termos legais fica expressamente proibida a reprodução total ou parcial por qualquer meio, em papel ou em edição electrónica, sem autorização expressa dos titulares dos direitos. É desde já excepcionada a utilização em circuitos académicos fechados para apoio a leccionação ou extensão cultural por via de e-learning. POCI/2010 Todos os volumes desta série são sujeitos a arbitragem científica independente. Públio Ovídio Nasão nasceu em Sulmona, em 43 a.C., no seio de uma família equestre, e morreu em Tomos, nas margens do mar Negro, em 17 d.C. Foi em Roma, porém, que fez os seus estudos de retórica, sendo discípulo de Pórcio Latrão e de Arélio Fusco. Como qualquer jovem romano endinheirado e letrado, e depois de uma viagem formativa pela Grécia, pela Ásia Menor e pelo Egipto, Ovídio conheceu os meandros da política na Urbe, actividade a que estava também associada a advocacia, chegando mesmo a exercer algumas magistraturas menores. Mas foi a poesia que acabou por atrair definitivamente o sulmonense. Com efeito, já Séneca-o-Velho notava que Ovídio era mais inclinado às suasoriae do que às controuersiae, mostrando que preferia as análises psicológicas aos tecnicismos jurídicos 1 . Foi de facto como poeta arguto, atento e de talento inegável que Ovídio se afirmou na sociedade romana dos séculos I a.C. e I d.C., integrando-se em círculos literários, como o que era patrocinado por Messala Corvino, e convivendo com homens como Horácio, Tibulo e Propércio 2 . E foi igualmente essa mesma condição de poeta que fez com que o percurso de Ovídio acabasse por ser irremediavelmente traçado pelas decisões políticas do Princeps.Entre os anos 20 a.C. e 8 d.C., Ovídio Nasão conheceu os maiores elogios, sendo reconhecido pela sua dramaturgia, pelos seus poemas eróticos, pela epistolografia literária e pelas sua...