“…Quando comecei a rever Marie Antoinette (Maria Antonieta, 2006), de Sofia Coppola 4 , o que me chamou a atenção foi a coexistência de certa atitude aristocrática e uma visão, não revolucionária que via na corte apenas um mundo de privilégios, injustiça social, mas burguesa, que via hipocrisias, desperdícios e a etiqueta como inutilidade.3 Apesar dos documentários sobre o Carnaval no cinema brasileiro, só A Lira do Delírio (1978), de Walter Lima Jr., me vem à cabeça, apesar de não ter cenas apoteóticas de blocos e desfiles. Pensando alto, lembro da cena final exuberante de carnaval em Les enfants du paradis (O Boulevard do Crime, 1945), de Marcel Carné, que remonta talvez a uma celebração do teatro popular, especialmente a comédia dell'arte, revisitada também em II Viaggio di Capitan Fracassa (A Viagem do Capitão Tornado, 1990), de Ettore Scola.4 Para referências ao conjunto dos filmes de Sofia Coppola(ROGERS, 2018;FERRISS, 2021), que podem trazer elementos para aprofundar as discussões aqui sugeridas.…”