O artigo discorre sobre relações entre o Reino do Daomé e o Brasil, travados nos processos da diáspora negra africana, com base em algumas representações museais. Destacam-se nas discussões o Museu Histórico do Abomé (Benin), o Museu Nacional da UFRJ (Brasil, RJ) e o terreiro conhecido como a Casa das Minas (Brasil, Maranhão). Evidenciamos também a história de Nã Agotimé, uma rainha africana vendida como escravizada e enviada para o Brasil e fundou a Casa das Minas, assim como um atribuído trono do Daomé existente no Museu Nacional da UFRJ. Aspectos que se somaram a outros processos, que nos ajudam a compreender relações sociais complexas de construção de memórias e identidades e nos auxiliam na compreensão de como as tradições se constituem e como os terreiros podem ser reconhecidos como espaços museais. Tendo eles contribuído fortemente para preservação e difusão das epistemes da diáspora negra africana, mesmo com as forças opressoras da colonialidade.