“…Por exemplo: à posteridade não interessaria quantas vezes Carlos V bebeu ou deixou de beber em uma refeição; também não seria do interesse da posteridade saber se um imperador muito religioso foi ou não casto. Tais são os exemplos dados por Le Moyne, para afirmar que nem tudo deve ser narrado pelo historiador, pois nem tudo 17 Listamos aqui alguns dos pesquisadores que trabalharam com os tratados de história dos séculos XVI e XVII, nos quais, em maior ou menor grau, não há reflexões sobre como esses tratados pintaram o historiador (PINEDA, 2007;VIDAL, 2010;SINKEVISQUE, 2006;ESTEVE, 2014;GRAFTON, 2012;ELBOJ, 2002;PINEDA, 2008 é útil para o futuro. Segundo podemos concluir de sua concepção, a história e o historiador estão a serviço da monarquia e, por isso, não se deve falar sobre tudo.…”