Tensões Entre Corpos Vetores E Corpos Políticos

Abstract

Este artigo focaliza nas memórias dos itinerários da Aids, principalmente, diante dos distintos jogos históricos e políticos que se produziram desde sua emergência como problemática de um tempo. Nesses jogos, considera-se a intersecção entre corpo político e corpo vetor na cena da política de Aids no Brasil como disparador analítico da constituição de tais corpos. O texto se apoia em uma perspectiva pós-estruturalista e contra-colonial para problematizar as formas biopolíticas e necropolíticas de gestão da vida que constituem políticas de subjetivação: corpo-vetor e corpo-político no contemporâneo. A analítica dessas memórias dos itinerários é produzida a partir dos modos de acesso às políticas públicas constituídas por distintas estratégias e tecnologias de governo da vida em termos de visibilidades e invisibilidades de corpos e populações e suas implicações para o campo da prevenção, especialmente, diante da construção e rearticulação do discurso político à epidemia de HIV/Aids no país.