Tendência temporal da sífilis congênita em Sergipe, Brasil, 2006 -2017

Abstract

<jats:p>Introdução: A sífilis congênita (SC) ainda se mantem como um problema de saúde pública no mundo e no Brasil, onde se verifica um aumento nas taxas de detecção nos últimos dez anos. Sergipe figurou entre os estados com taxas dedetecção maiores que a nacional. Objetivo: Este trabalho objetivou analisar a tendência temporal dos casos de SC notificados em Sergipe nos últimos doze anos. Metodologia: Estudo ecológico, tipo série temporal, utilizou casos desífilis congênita notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação no estado de Sergipe, de 2006 a 2017. Foram analisadas as variáveis sociodemográficas maternas, a tendência relativa e a distribuição espacial daSC no estado. Resultados: Quase 60% das mães possuíam ensino fundamental incompleto; 67% delas possuíam de 20 a 34 anos e 84,91% eram pardas. No período avaliado, Sergipe apresentou tendência temporal crescente (percentualde crescimento anual de 14,78% e p&lt;0,05). Verificou-se também aumento do número de municípios com 15 ou mais casos/1.000 nascidos-vivos. Conclusões: Este estudo evidenciou padrão de tendência crescente da SC no período avaliado, além de um incremento nas suas taxas de detecção. Tais resultados reforçam a necessidade de ações voltadas para o controle desse agravo no estado.</jats:p>

Distribuição espaço-temporal e fatores relacionados à sífilis congênita no nordeste brasileiro

“…Las tasas de incidencia del SC en la región Nordeste mostraron un crecimiento progresivo a lo largo de los años estudiados, con una tasa media casi 10 veces superior a la tasa de referencia recomendada por la OPAS (7,8) . Estudios realizados en diferentes territorios brasileños también han demostrado la tendencia de aumento del SC en todo el territorio nacional( 17,21,22 ).…”

“…En Brasil, en los últimos años, ha habido un aumento progresivo de la incidencia de la sífilis congénita, ya que, en 2010, la tasa era de 1,4 casos/1.000 nacidos vivos (NV) y, en 2019, la tasa aumentó a 8,2 casos/1.000 nacidos vivos (6) . Cabe destacar que estos valores están muy por encima de la tasa recomendada por la Organización Panamericana de la Salud (OPS), que es de 0,5 casos por cada mil nacidos vivos (7,8) .…”

Perfil dos casos de sífilis congênita na baixada maranhense

“…Constatou-se que as características de vulnerabilidades relacionadas às mães a nível nacional e no estado do Maranhão se identificam com a deste estudo, se diferenciando somente quanto ao diagnóstico da sífilis materna que, nos dados apresentados, predominou o diagnóstico durante a realização do pré-natal e no presente estudo prevaleceu com 37,50% (n=18) dos casos o diagnóstico no período do pós-parto. É de fundamental importância investir em ações de prevenção da SC em parceria com os profissionais de saúde, principalmente na realização da busca ativa dessas gestantes e, se possível, de seus parceiros, com o objetivo de sensibilização quanto a importância da prevenção da doença, do diagnóstico precoce e do seu tratamento (Costa et al, 2019).…”

Sífilis Gestacional E Congênita: Um Problema Emergente

“…Os resultados do estudo evidenciaram que a maioria das mulheres com diagnóstico confirmado para sífilis tinha idade entre 20 e 30 anos, baixa escolaridade representada por ensino fundamental incompleto a médio completo e tendo o trabalho de doméstica por ocupação. Tal perfil é similar ao encontrado em outros estudos (CARDOSO et al, 2018;COSTA et al, 2019), bem como aos dados nacionais apurados em 2017, cujo número de casos de sífilis foi maior em uma população com idade entre 20 e 29 anos (52,8 %) e nível de escolaridade, ensino fundamental incompleto (19,4%) e médio completo (18,1%) (BRASIL, 2019a).…”