Tendência da mortalidade neonatal no Brasil de 2007 a 2017

Abstract

Resumo O objetivo deste estudo foi analisar a tendência da mortalidade neonatal no Brasil de 2007 a 2017. Trata-se de um estudo ecológico de série temporal, realizado com dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade e do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos, analisados por meio de regressão de Prais-Winsten. Verificou-se uma taxa média de mortalidade neonatal de 9,46/1.000 nascidos vivos no período, com redução de 2,15% ao ano. Houve maior declínio da mortalidade neonatal precoce, comparada com a tardia. Destaca-se tendência crescente dos óbitos neonatais entre neonatos pré-termos, com extremo baixo peso, nascidos de parto cesáreo, filhos de mães com idade superior a 30 anos e escolaridade superior a oito anos de estudo. Em relação às causas de morte, verificou-se tendência crescente dos óbitos por malformações congênitas, doenças infecciosas, doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas e causas externas. Constatou-se, ainda, tendência crescente nos óbitos evitáveis por adequada atenção à mulher na gestação e por demais causas não claramente evitáveis. Apesar da redução geral dos óbitos, faz-se necessário intensificar as políticas públicas de assistência adequada à mulher na gestação para garantir melhoria nos demais indicadores analisados.

Reações e sentimentos maternos frente a internação do filho em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal: uma revisão narrativa de literatura

“…A taxa de mortalidade infantil é um indicador para avaliar o índice de qualidade de vida, considerando a análise do desenvolvimento socioeconômico ao longo dos anos e a efetividade do acesso da população aos serviços de saúde (Costa et al, 2018). Estudo ecológico realizado por meio da análise temporal dos óbitos neonatais ocorridos no Brasil, obtidos através das informações disponibilizadas pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) no período de 2007 a 2017 demonstrou tendência decrescente da mortalidade neonatal no país (Bernadino et al, 2022).…”

Factors associated with 5-min APGAR score, death and survival in neonatal intensive care: a case-control study

“…In Brazil, 303,260 neonatal deaths were recorded from 2007 to 2017, with an average Neonatal Mortality Rate (NMR) of 9.46 per 1000 live births [1]. The country achieved a considerable reduction in the NMR, from 25.33/1000 in 1990 to 8.5/1000 live births in 2019, although it has recently shown a significant deceleration [1,2].…”

“…In Brazil, 303,260 neonatal deaths were recorded from 2007 to 2017, with an average Neonatal Mortality Rate (NMR) of 9.46 per 1000 live births [1]. The country achieved a considerable reduction in the NMR, from 25.33/1000 in 1990 to 8.5/1000 live births in 2019, although it has recently shown a significant deceleration [1,2]. The improvement of socioeconomic and health policies, such as the implementation of the Unified Health System (SUS) [3]; the "Family Health Strategy" [4], the "Rede Cegonha" strategy, and the "Bolsa Família Program" [5,6], positively impacted the reduction of mortality rates.…”

“…The improvement of socioeconomic and health policies, such as the implementation of the Unified Health System (SUS) [3]; the "Family Health Strategy" [4], the "Rede Cegonha" strategy, and the "Bolsa Família Program" [5,6], positively impacted the reduction of mortality rates. Still, the infant and child mortality indicators remain high by international standards, with a concentration of deaths in less developed regions, especially the Northern region of Brazil, which has the highest neonatal mortality rate with 11.02 per 1000 live births [1,[7][8][9][10].…”

Perfil clínico e demográfico dos recém-nascidos internados em uma unidade neonatal

“…1 A atenção à saúde do recém-nascido (RN) é de extrema importância para redução da mortalidade infantil. Embora a taxa de mortalidade infantil no Brasil tenha diminuído significativamente nas últimas décadas 2,3 , sendo de 13,3 óbitos por 1.000 nascidos vivos (n/v) em 2019, vários desafios ainda precisam ser superados, como a dificuldade no acesso aos serviços de saúde, realização do planejamento familiar, adesão e adequada assistência no pré-natal, identificação das gestações de risco e intensificação das boas práticas durante o parto e pós-parto. 4,5 A heterogeneidade social, econômica e cultural entre os estados brasileiros também contribui para a disparidade relacionada à mortalidade infantil, tendo a região Norte 16,6/1.000 n/v, e a região Sul 10,2/1.000 n/v em 2019.…”