Tecnologias de cuidado para prevenção e controle da hemorragia no terceiro estágio do parto: revisão sistemática

Abstract

Objetivo identificar evidências acerca das contribuições das tecnologias de cuidado usadas para prevenção e controle da hemorragia no terceiro estágio do parto. Método revisão sistemática com busca em bases de dados. Dois investigadores selecionaram os textos de forma independente na primeira etapa e, na segunda, em reunião de conciliação. Para avaliação da concordância, aplicou-se o coeficiente Kappa; para avaliação do risco de viés e classificação dos níveis de evidência, adotou-se o Grading of Recommendations, Assessment, Development and Evaluation. Resultados incluíram-se 42 artigos; desses, 34 classificados como tecnologias de produto, sendo a maioria produtos farmacológicos; dois referentes ao uso do saco plástico transparente para a coleta de sangue e contribuição do intervalo de nascimento e dos cuidados pré-natais. Os oito artigos classificados como tecnologias de processo se referiam a manejo ativo do terceiro estágio do parto, tração controlada de cordão, massagem uterina e intervenções educacionais. Conclusão as tecnologias de produto e de processo apresentaram evidência alta e moderada confirmada em 61,90% dos artigos. Os níveis de evidência demonstram contribuições das tecnologias para prevenção e controle da hemorragia. Na prática clínica, o enfermeiro deve oferecer cuidados à mulher fundamentados em evidências científicas e construir protocolos sobre as ações de cuidado da enfermagem.

Análise das intervenções utilizadas na prevenção e controle da hemorragia pós-parto: revisão integrativa da literatura

“…Os quatorze estudos fizeram caracterização clínica das intervenções, conforme mostra o quadro 4. Todos os estudos descreveram o tipo de parto onde ocorreu a intervenção no manejo da hemorragia pós-parto, sendo prevalente o parto vaginal (Rangel et al, 2019;Begley et al, 2019;Salati et al, 2019;Asmat et al, 2017;Quibel et al, 2016;Suarez et al, 2020;Escobar et al, 2020;Şentürk et al, 2016;Sanad et al, 2018;Gallos et al, 2018;Woman et al, 2017;Anger et al, 2019;Maged et al, 2019;Amornpetchakul et al, 2018).…”

“…Nesse contexto, os seguintes estudos tiveram como critérios de análise o estágio do trabalho de parto para a realização da intervenção, como resultado da análise, o terceiro estágio do trabalho de parto foi o principal período na realização das intervenções (Rangel et al, 2019;Begley et al, 2019;Salati et al, 2019;Asmat et al, 2017;Quibel et al, 2016;Gallos et al, 2018;Maged et al, 2019;Amornpetchakul et al, 2018).…”

“…A respeito das intervenções utilizadas na prevenção da hemorragia pós-parto, nos estudos foram analisadas: ocitocina, misoprostol, ergometrina, carbetocina, metilergonovina, o manejo ativo no terceiro período do trabalho de parto e ligadura da artéria uterina (Rangel et al, 2019;Salati et al, 2019;Begley et al, 2019;Asmat et al, 2017;Quibel et al, 2016;Şentürk et al, 2016;Sanad et al, 2018;Gallos et al, 2018;Maged et al, 2019;Amornpetchakul et al, 2018).…”

“…Para o controle da HPP, os estudos analisaram as seguintes intervenções: ocitocina, misoprostol, ácido tranexâmico, tamponamento com balão uterino (BTU) e traje anti-choque não pneumático (NASG) (Rangel et al, 2019;Suarez et al, 2020;Escobar et al, 2020;Woman et al, 2017;Anger et al, 2019).…”

“…[WHO], 2018). Rangel et al (2019), ressaltam que, certamente todas as instituições e profissionais de saúde que manejam mulheres em trabalho de parto, terão contato em algum momento, com casos de hemorragia pós-parto. Dessa forma, os profissionais e os serviços de saúde devem conhecer e colocar em suas práticas assistenciais, as tecnologias com maior índice de evidência.…”