A pesca no litoral Amazônico é classificada nas modalidades industrial e artesanal, sendo esta última diversificada, com embarcações de pequena a média escala. Entre os recursos explotados, a corvina ou pescada-cambuçu Cynoscion virescens, destaca-se nos desembarques. É uma espécie demersal pertencente à família Sciaenidae de ampla distribuição na costa brasileira. A ausência de estatística sobre a espécie, suprime o desenvolvimento de estudos sobre a dinâmica populacional, além da avaliação de impactos sobre as espécies. Apesar da carência de dados estatísticos, há a importância de se apresentar um compilado acerca da atividade que incide sobre espécie, no intuito de gerar base para estudos posteriores e gestão pesqueira. A partir de uma revisão minuciosa, constatou-se que as capturas ocorrem principalmente pela frota artesanal, no qual, as armadinhas fixas (currais) e as embarcações do tipo canoa (CAN) e barco de pequeno porte (BPP) representam maior esforço e produção da C. virescens na costa norte. A Cynoscion virescens está listado como de menor preocupação, com declínios lentos. A tendência de aumento da produção pela frota artesanal citado por Freitas et al. (2021), aliado a alta demanda e valor comercial da“grude” com mercado internacional, pode direcionar maior esforço sobre a espécie, assim como ocorreu com a gurijuba (Sciades parkeri) e pescada amarela (Cynoscion acoupa).