Técnicas de identificação humana em Odontologia Legal

Abstract

A identificação humana é de extrema importância em questões jurídicas e sociais. Vários métodos foram desenvolvidos e aprimorados ao logo dos anos para se estabelecer a identidade individual através da odontologia forense. O objetivo do presente estudo foi analisar por meio de uma revisão da literatura, técnicas utilizadas pela Odontologia Legal na identificação humana. Para isso foram levantados artigos em sua íntegra sobre as seguintes técnicas de identificação forense utilizadas pela Odontologia Legal: exames radiográficos; estágios de mineralização do dente; seios paranasais; rugoscopia palatina; saliva; marcas de mordida e impressões labiais. Com exceção da técnica que utiliza as marcas de mordida, que serve apenas para casos de exclusão de identificação, todas as demais foram efetivas para a identificação humana, isoladamente ou associadas a outros métodos. Cada técnica tem vantagens, desvantagens, limitações em sua aplicação e indicações específicas que devem ser analisadas de acordo com os casos individualmente e materiais disponíveis para comparação de registros ante mortem e post mortem. Neste contexto, é essencial que o profissional da Odontologia que atua na clínica odontológica, preencha e guarde adequadamente os prontuários dos seus pacientes. Nesta era digital, a guarda de exames por imagem, sejam radiológicos (como radiografias e tomografias computadorizadas) ou não (como fotografias e escaneamentos 3D intraorais) é simples, prática, e de fundamental importância forense.

Cirurgias de feminização e de masculinização facial: repercussões forenses

“…Este é o principal método de identificação de vítimas em desastres de grande escala (Prajapati et al, 2018). Rugoscopia palatina e queiloscopia são algumas das técnicas utilizadas; emprego de exames imaginológicos (como radiografias e tomografias computadorizadas) para avaliação de seios paranasais e estágios de mineralização dentária, entre outros, são importantes exemplos das possíveis atuações desta especialidade (Verrísimo et al, 2021;Barros et al, 2021a;Kuhnen et al, 2021;Gioster-Ramos et al, 2021;Barros et al, 2021b;Barros et al, 2021c;Santos et al, 2021;Neves et al, 2021).…”

Avaliação de um método de estimativa de idade pela mineralização dentária dos terceiros molares

“…A mineralização de terceiros molares vem sendo utilizada como recurso na Odontologia Forense, servindo de parâmetro para auxiliar na estimativa da idade de cadáveres não identificados, e até mesmo de humanos vivos (Dhanjal et al, 2006;Orhan et al, 2007;Lee et al, 2009;Gioster-Ramos et al, 2021). Esse tipo de estimativa de idade tem colaborado com investigações criminais.…”

Paranasal sinuses and human identification

“…The identification process is complex, systematic, and organized, and the main objective is to determine the identity of the individual in evidence. It is a comparative process, meaning it necessarily needs to compare data knowingly from an individual with the corresponding data from the subject to be identified (Neves et al, 2021;Andrade et al, 2021;Barros et al, 2021a;Gioster-Ramos et al, 2021;Kuhnen et al, 2021;Barros et al, 2021b;France, 2017;Xavier et al, 2015;Nikam et al, 2015). However, this is a challenging task for mankind although of great importance, because besides dealing with humanitarian issues, it also directly impacts civil and criminal proceedings (Dostalova et al, 2012).…”

“…To determine individual characteristics, aiding the identification process, it is timely to analyze the bones of the skull, pelvis, and femur, as well as the sella turcica, mastoid cells, and paranasal sinuses (Cox et al 2009). Due to the particularity of their contours, paranasal sinuses provide valuable information for human identification, reducing the risk of errors by forensic professionals during the investigation (Barros et al, 2021b;Gioster-Ramos et al, 2021;Musse, 2009). Paranasal sinuses are arranged in the two facial hemispheres and classified, according to their anatomical Research, Society and Development, v. 10, n. 9, e48710918161, 2021 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i9.18161 3 relationships, into maxillary sinus (MS), ethmoid sinus (ES), frontal sinus (FS), and sphenoid sinus (SS) (Keir, 2009;Gallup, Hack, 2011;Ebrahimnejad et al, 2016).…”