Dentre as alterações que os índices pluviométricos proporcionam nas atividades, a mais vulnerável a essas mudanças é a agricultura. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi verificar a qualidade dos dados pluviométricos anuais máximos no ajuste do modelo distribuição de Gumbel, realizar a estimativa de períodos de retorno para as precipitações máximas anuais, caracterizar os perfis da precipitação e, por meio da técnica de Quantis, demostrar a variabilidade temporal dos balanços hídricos climatológicos para microrregiões do estado da Bahia e de Tocantins, assim como verificar a dependência da produção agrícola com as precipitações. Com os dados de 1961 a 2016 para Barreiras e Taguatinga, foi possível construir o perfil histórico da precipitação, observando a ocorrência de eventos extremos máximos para a microrregião da Bahia e mínimos para a de Tocantins. A distribuição de probabilidade por Gumbel foi adequada na estimativa da intensidade de precipitação anual e suas frequências e permitiu observar que, a cada dois anos, pode ocorrer uma precipitação máxima anual igual ou superior a 1050 mm para Barreiras e 1400 mm para Taguatinga. O perfil histórico foi classificado através da técnica quantílica. Compararam-se os anos quantílicos com os dados de produção para as culturas de milho, soja e arroz. Houve uma tendência de aderência da precipitação anual máxima ao modelo probabilístico de Gumbel. Através do tempo de retorno foi possível observar que, a cada dois anos, existe a possibilidade de uma precipitação anual igual ou superior a 1050 e 1400 mm para Barreiras e Taguatinga, respectivamente. Ajustaram-se, por meio de modelo linear, as precipitações máximas anuais em relação ao aumento do período de retorno. É observada uma associação entre precipitação e produção agrícola, no período de análise para as localidades estudadas.