Teatro sem vergonha: jovens, oficinas estéticas e mudanças nas imagens de si mesmo

Abstract

A importância da arte para o desenvolvimento humano e para a produção de mudanças nos modos de viver e de avaliar a realidade vem sendo cada vez mais reconhecida. Considerando a frequente utilização de atividades artísticas como meio e forma de intervenção no trabalho com jovens, objetivou-se, nesta pesquisa-intervenção, problematizar a potencialidade dessas atividades para a modificação da imagem de si mesmo que jovens apresentam. Uma oficina de improvisação teatral oferecida a jovens residentes em uma região periférica da cidade de Florianópolis, SC consistiu no lócus da pesquisa. Todas as oficinas foram filmadas, e foram coletadas informações com cinco jovens do sexo feminino por meio de entrevistas realizadas em dois momentos: no decorrer das primeiras semanas do curso e três meses após o seu término. Constatou-se que a oficina de improvisação teatral possibilitou, por um lado, expressar, apreciar e transformar os afetos e as vivências das jovens participantes; por outro lado, fez com que a arte de (re)criar estimulasse o diálogo entre as jovens participantes, pois promoveu caminhos e desafios diversos em relação ao (re)criar no exercício teatral e ao estar com um outro.

Leisure and Personal Development in an Evangelical Christian Theater Group

“…Furthermore, the theatre context may be understood as a pedagogical opportunity that facilitates cultural expression. Furthermore, according to Furtado et al (2011) theatre among young people may provide the opportunity to not only develop self-image and aesthetic-creative abilities but to bring together both reason and emotions in such a way as to bring about self-transformation.…”

“…One of the forms of cultural activity is the theater. According to Furtado, Levitan, Titon, Castilho and Velarde (2011), theatre contributes to human development by stimulating the improvement of socialization, self-knowledge, communication, self-esteem and creativity. Because of its great power of communication, the theater is one of the cultural manifestations developed in the Evangelical Church (Heitor, 2013), as a means of worship, evangelization, spiritual development, and leisure.…”

Psicologia Social no campo das políticas públicas: oficinas estéticas e reinvenção de caminhos

“…Trabalhos com oicinas estéticas têm sido realizados no campo das polí-ticas públicas, muitos dos quais desenvolvidos com jovens (MAHEIRIE et al, 2008;STRAPPAZZON et al, 2008;LEVITAN, FURTADO;ZANELLA, 2009;CASTILLO;ZANELLA, 2011;COSTA et al, 2011;FURTADO et al, 2011). Tais estudos indicam que a arte pode ser uma ferramenta a potencializar transformações nos contextos grupais, por meio da coniguração de outras imagens, sentidos e cenários para as pessoas e suas vidas.…”

“…Um exemplo de trabalho com oicinas estéticas no campo das políticas pú-blicas é apresentado por Furtado et al (2011), que relatam a experiência com oicinas de improvisação teatral oferecidas para jovens moradores de uma comunidade de periferia, alvo das políticas de assistência social. Trata-se de uma pesquisa-intervenção que discute a potencialidade das oicinas de teatro à modiicação das imagens de si, apresentadas pelas jovens que participaram do grupo.…”

El teatro como recurso educativo para la inclusión

“…En términos generales, los resultados de este trabajo están en línea con los hallazgos que se vienen arrojando en investigaciones y estudios relativos a la aportación del teatro al desarrollo de la competencia social y la inclusión (Morán et al, 2016;Quirante y Curiel-Marín, 2014;Guillén, 2009;Motos, 2009;Palacios, 2009;Díaz-Aguado, 2004). También se han podido analizar estudios que reflejan el aporte del teatro a la autoestima (Raya, 2015;Lorente, 2014;Onieva, 2011;Rocha et al, 2011;Esteban, 2009Navarro, 2009Ferkany, 2008;Alcántara, 2005;Bruner, 2004). Con esta investigación, y en este sentido, se ha pretendido valorar la efectividad de las técnicas de improvisación como una metodología activa, que actúa a nivel grupal y en las cuales el alumno participa de manera integral.…”