RESUMO: O entrelaçamento histórico entre a construção de hospitais de raiz no Brasil e em Portugal na segunda metade do século XIX demanda a compreensão do contexto de formação e atuação acadêmica de seus projetistas, evidenciando a matriz fundamental da formação à altura: o desenho como técnica de concepção e representação da Arquitetura. Neste ensaio, adotaremos o olhar warburguiano ao entender a História da Arte como parte de uma teoria da cultura, em que fatores vários contribuem para a montagem de uma constelação iconográfica, a ser lida em sentido transdisciplinar que permita renovar e ampliar os cânones históricos preexistentes. Assim, a iconografia servirá de evidência para a compreensão do papel histórico, estético e social dos nosocômios, entendidos como monumentos urbanos em seus respectivos contextos. Temos como edifícios em foco neste estudo o Hospital D. Luiz I, da Real Sociedade Beneficente Portuguesa em Belém, projetado em 1870 pelo ex-aluno da Academia de Belas