que sempre deram suporte incondicional aos meus estudos.Ao meu companheiro, Lucas, que me apoia há dez anos, possibilitando minha dedicação acadêmica na graduação, no mestrado e no doutorado.Aos meus amigos, que me mantiveram firme durante todo o curso.Ao professor Fernando Rugitsky pela orientação e incentivo em todos os ensaios desta tese.Às professoras Adriana Schor e Laura Carvalho que, ao acompanharem meu percurso nas bancas de avaliação de progresso, contribuíram significativamente para minha pesquisa. Além disso, também aceitaram participar da banca de defesa, amparando novamente o desenvolvimento desta tese.Ao professor André Cunha, que aceitou participar da banca de defesa e, assim, contribuir para o aprimoramento desta tese.O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior -Brasil (CAPES) -Código de Financiamento 001.
À Cirenia
ResumoA presente tese consiste em três ensaios que abordam os efeitos da relação competitiva entre Estados Unidos e China sobre a economia brasileira. O primeiro ensaio realiza uma contextualização histórica através de uma revisão da literatura, apresentando o "estado da arte" das discussões acerca dos desequilíbrios globais recentes, concatenando as trajetórias das economias chinesa, americana e brasileira. O segundo ensaio investiga a correlação entre as políticas protecionistas (via medidas não-tarifárias -NTM) bilaterais entre China-EUA com a inserção das exportações brasileiras nos dois países entre 2002 e 2018. Com um painel de efeitos fixos, foi verificado que as NTM's levantadas pela China contra os EUA em um determinado ano permitiram o aumento das exportações brasileiras para a economia chinesa em 41,6% no ano seguinte. Já as NTM's implementadas pelos EUA contra a China não surtiram efeito significativo para entrada das exportações brasileiras na economia americana. O terceiro ensaio analisa os impactos da inserção das exportações brasileiras nas duas economias sobre a desigualdade salarial (via índice de Gini do mercado de trabalho formal) do Brasil entre 2008 e 2018. Por meio de outro painel de efeitos fixos, foram constatados dois resultados: i) A desigualdade salarial é mais influenciada por desigualdades entre os trabalhadores de cada setor (intrassetorial) do que entre os setores em si (intersetorial); ii) O aumento das exportações aos EUA está correlacionado com uma elevação da desigualdade salarial local, ao passo que as exportações à China não manifestam variações significativas na desigualdade salarial local. Portanto, conclui-se que existe um efeito-transbordamento da disputa entre as duas potências e a inserção comercial do Brasil no mercado global, bem como impactos sobre a desigualdade salarial doméstica.