Tanque evaporimétrico alternativo e equações para estimativa da evapotranspiração de referência na Região Norte de MG

Abstract

RESUMOA quantificação da evapotranspiração na região semiárida é de grande importância, visto que essa região apresenta grande ocorrência de períodos de déficit hídrico que limitam a produção agrícola. Objetivou-se com este trabalho avaliar a correlação entre a evapotranspiração de referência (ET 0 ), determinada pelo método de Penman-Monteith (ET 0 -PM), com a estimada pelos métodos do Tanque Classe A (ET 0 -TA), de Linacre (ET 0 -L), de Hargreaves-Samani (ET 0 -H&S), e a evaporação de um tanque alternativo denominado de Minitanque (EV -MT), na região Norte de Minas Gerais. Os dados foram coletados durante 12 meses de uma estação automática e de um minitanque alocados na Unidade de Pesquisa do Instituto Federal do Norte Minas Gerais, Campus Januária, sob coordenadas geográficas de latitude 15º28'55'' S e longitude 44º22'41'' W, altitude 474 m. Foram ajustadas equações de regressão linear, tendo como variável independente, a ET 0 -PM, e, como variáveis dependentes, a ET 0 -H&S, a ET 0 -L, a ET 0 -TA e a EV -MT. Os valores de ET 0 -H&S, ET 0 -L, ET 0 -TA e EV -MT apresentaram boa correlação e superestimaram a ET 0 -PM. As regressões entre a ET 0 -PM (método padrão) e a ET 0 , calculadas pelos métodos estudados e, entre ET 0 -PM e a evaporação do minitanque, apresentaram maiores coeficientes de determinação no período sem chuvas. Palavras-chave: Manejo de irrigação, Agrometeorologia, Demanda hídrica das culturas. ABSTRACTThe evapotranspiration quantification in semiarid region of Brazil has great importance, since this region has a high occurrence of drought periods that limit agricultural production. The objective of this study is to evaluate the correlation between the reference evapotranspiration (ET 0 ), calculated by Penman-Monteith (ET 0 -PM), and the one estimated by the Class A tank (ET 0 -TANQUE EVAPORIMÉTRICO ALTERNATIVO E EQUAÇÕES PARA ESTIMATIVA DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO DE REFERÊNCIA NA REGIÃO NORTE DE MG Rev. Bras. Agric. Irrigada v. 5, nº. 1, p. 54-62 TANQUE EVAPORIMÉTRICO ALTERNATIVO E EQUAÇÕES PARA ESTIMATIVA DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO DE REFERÊNCIA NA REGIÃO NORTE DE MG Rev. Bras. Agric. Irrigada v. 5, nº. 1, p. 54-62

Determinação da demanda hídrica através do uso de tanques evaporímetros

“…Desse modo, estudos que avaliam a precisão e a eficácia de métodos alternativos da aferição da evapotranspiração e/ou auxiliam o manejo da irrigação, podem proporcionar aos produtores a adotarem critérios técnicos e coesos no manejo da irrigação (Araújo et al, 2019;Peixoto et al, 2016). Lisboa et al (2011) afirmam em seus estudo sobre tanque evaporímetros alternativos e equações para estimativa da evapotranspiração de referencia na região norte de MG, que a utilização de tanques alternativos visando quantificar a evaporação e indiretamente estimar a evapotranspiração de referencia (ET0) pode ser uma ferramenta útil para o manejo da irrigação, especialmente, para pequenos agricultores que não têm acesso aos dados meteorológicos necessários para o uso das equações empíricas. Os tanques alternativos apresentam a vantagem da medição direta da evaporação, que se correlaciona com a evapotranspiração das culturas.…”

“…Quando se analisa a eficiência da utilização desses tanques alternativos com equações empíricas e o tanque classe A padrão, observa-se boa correlação entre os dados de evapotranspiração estimada, evidenciando que esses equipamento podem ser utilizados pelos produtores para auxiliar no manejo da irrigação, sem, no entanto, causar problemas as culturas quanto ao fornecimento hídrico (Lisboa et al, 2011;Oliveira et al, 2011;Tagliaferre et al, 2011;Seron et al, 2015;Bandeira et al, 2011;Coelho et al, 2014).…”

“…Esses tanques de baixo custo tem sido testado para quantificação de evapotranspiração de referencia e utilizados para manejo de irrigação nas mais variadas culturas, desde culturas perenes ou mesmo anuais, oferecendo resultados satisfatórios para o suprimento da demanda hídrica das culturas, nas mais diferentes fases fenológicas (Bandeira et al, 2011;Santos et al, 2004;Gonçalves et al, 2014;Pereira et al, 2017;Lisboa et al, 2011)…”