Este estudo aborda a produção de bio-hidrogênio a partir de biomassa lignocelulósica, destacando a importância dada às alternativas sustentáveis diante das emissões significativas de gases poluentes provenientes da queima de combustíveis não-renováveis. Com mais de 40 bilhões de toneladas de CO 2 acumulados em 2021, o foco na transição para energias renováveis, incluindo o hidrogênio verde, é bem evidente atualmente, porém as rotas biológicas alternativas têm evidenciado bons resultados. O trabalho analisa 434 artigos publicados entre 2019 e 2023, utilizando palavras-chave específicas para selecionar 37 estudos relevantes. As principais rotas exploradas para a obtenção de bio-hidrogênio incluem fermentação escura (FE), célula de eletrólise microbiana (CEM) e foto-fermentação (FF), com ênfase na integração dessas técnicas. A FE destaca-se pela abordagem econômica, mas enfrenta desafios como baixo rendimento teórico. A FF, dependente da incidência de luz, mostra potencial, especialmente quando integrada com a FE. Os resultados revelam a escassez de estudos que explorem a integração de técnicas, indicando uma lacuna na pesquisa. Além disso, a análise de 34 patentes selecionadas para esse trabalho destaca a liderança de universidades chinesas e americanas, evidenciando a importância da colaboração academia-indústria. A produção de hidrogênio a partir de biomassa lignocelulósica surge como uma alternativa promissora para a descarbonização, mas são necessárias mais pesquisas, especialmente de trabalhos experimentais que explorem a integração de técnicas, para impulsionar a transição para fontes de energia mais limpas. Em conclusão, o estudo destaca a viabilidade econômica da fermentação escura, o potencial da foto-fermentação, especialmente quando integrada, e a necessidade de mais pesquisas para impulsionar a aplicação prática e a transição para fontes de energia mais limpas.Palavras-chave: foto-fermentação; fermentação escura; célula de eletrólise microbiana, biomassa lignocelulósica.
INTRODUÇÃONo último século, o crescimento industrial e populacional resultou em emissões significativas, com mais de 40 bilhões de toneladas de CO 2 acumulados até 2021, gases poluentes como CO 2 , CH 4 , NOx, SOx e outros, provenientes principalmente da queima de combustíveis não-renováveis, representam 93,75% dessa emissão (RITCHIE; ROSER; ROSADO, 2020). O impulso por alternativas sustentáveis no setor energético é evidente, com pesquisas e investimentos direcionados para o desenvolvimento de energias renováveis, incluindo solar, eólica, nuclear e hidrogênio verde, visando a transição energética. O