Surgical management of an incarcerated uterus in a gynecological patient: A case report

Abstract

Uterine incarceration is most often described as occurring in pregnancies. Presenting with severe pelvic pain, urinary retention, and in some cases spontaneous abortion, this complication often arises at 12–15 weeks of gestational age. Although usually considered an obstetrical complication, uterine incarceration can occur in nongravid females. This case report presents a gynecological patient with acute urinary retention secondary to uterine incarceration. The patient chose surgical management, and surgery provided immediate symptomatic relief. Our case highlights an uncommon etiology of acute urinary retention and demonstrates the importance of considering the diagnosis of uterine incarceration in nongravid as well as gravid females.

Útero não gravídico encarcerado associado a carcinoma uterino: relato de caso / Incarried non-pregnancy uterus associated with uterine carcinoma: case report

“…O encarceramento uterino, como visto, é raro em mulheres não-grávidas e seu mecanismo ainda é desconhecido (FAHIMUDDIN et al, 2019) Em relação à causas da área ginecológica estão inclusos miomas uterinos, adenomiose, neoplasias benignas e malignas, alterações anatômicas uterinas (útero retrovertido) e aderências pélvicas posteriores. (NEWELL et al, 2014).…”

“…Inicialmente, na apresentação clínica do caso relatado, uma massa localizada na região inguinal, foi suspeitado de herniação inguinal, porém após a cirurgia e resultados anatomopatológicos foi confirmada a encarceração do útero. O encarceramento uterino é uma complicação rara, e a maioria dos casos estão relacionados a úteros gravídicos, principalmente em mulheres com retroversão uterina (FAHIMUDDIN et al, 2019). O corpo uterino retrovertido ao ascender para a região abdominal, em 15 % das mulheres, pode impactar entre a sínfise púbica e promontório sacral e isso causa o seu encarceramento (Al WADI et al, 2011).…”

“…A incidência é de 1:3000 no período gestacional e fora da gestação ainda é desconhecida pela pequena quantidade de casos relatados. (FAHIMUDDIN et al, 2019).…”

“…Por ser uma complicação rara, a fisiopatologia não é muito clara, porém malformações uterinas, endometriose, cirurgia abdominal prévia, carcinossarcoma podem predispor ao encarceramento do útero (FAHIMUDDIN et al, 2019). De acordo com a literatura inglesa, quase todos os relatos sobre o encarceramento uterino foram associados com o útero gravídico e há apenas três relatos, que foram publicados em 1989, 2007 e 2012, de encarceramento uterino não gravídico associado a leiomioma (KOYAMA et al, 2017).…”

“…A não detecção de casos assintomáticos na gravidez, podem levar a emergências obstétricas graves, como distocia, ruptura uterina, morte fetal e materna involuntária e lesão de órgão durante a cesariana. (FAHIMUDDIN et al, 2019) O tratamento é unicamente cirúrgico, podendo a redução ser feita via vídeo laparoscopia ou laparotomia, dependendo da abordagem do cirurgião. Geralmente essa cirurgia é feita em posição supinada (ALGRA et al, 1999).…”