Sulfetos Do Complexo Gabróico Canindé, Sistema Orogênico Sergipano

Abstract

O Domínio Canindé, localizado na porção norte do Sistema Orogênico Sergipano, é composto por rochas metavulcânicas e metassedimentares do Complexo Canindé, sendo estas intrudidas pelo corpo gabroico denominado Complexo Gabroico Canindé. A ocorrência de mineralizações sulfetadas de Cu-Ni nos gabros já foi documentada anteriormente e será detalhada neste trabalho no que se refere à sua mineralogia e mineraloquímica, através de utilização microscopia óptica de transmissão e reflexão, de microssonda eletrônica e microscopia eletrônica de varredura. Análises por estes métodos microanalíticos permitiram identificar, em amostras coletadas nos afloramentos do Complexo Gabroico Canindé, a presença de pirita, calcopirita, pirrotita, pentlandita, esfalerita, violarita e spionkopita, com análises para os teores em elementos maiores e menores neles presentes. Entre os sulfetos identificados, a violarita (FeNi2S4) e a spionkopita (Cu39S28) ainda não haviam sido descritas anteriormente no Domínio Canindé. Evidências de alteração hidrotermal tardia nos gabros apontam para gênese dos minerais secundários violarita e spionkopita por alteração dos sulfetos primários de Ni e Cu respectivamente.

Petrologia, química mineral e δ34S das mineralizações de Cu-Ni do Complexo Gabroico Canindé, Sistema Orogênico Sergipano, NE do Brasil

“…Análises por EDS permitiram identificar pirita, pirrotita, calcopirita e pentlandita, já descritos previamente por Damasceno et al (2020). Os resultados das análises em sulfetos de cobre (Tabela 3) mostraram dois grupos distintos com base nos teores dos cátions de metais e do enxofre.…”

“…Apesar de as referidas ocorrências já terem sido alvo dos estudos mencionados, os processos metalogenéticos que levaram à sua formação nunca foram investigados, sendo este o objetivo desta pesquisa. Recentemente, pesquisas realizadas pelo Grupo de Pesquisa em Recursos Minerais da Universidade Federal de Sergipe (RECMIN/ UFS) aportaram novas interpretações sobre a evolução do CGC e a gênese das mineralizações associadas (Marques de Sá et al, 2018;Damasceno et al, 2020). Diante das similaridades do ambiente, das litologias e das paragêneses sulfetadas do CGC com outros importantes depósitos minerais em diversas regiões do planeta [e.g.…”