Sucesso de Sistemas de Informações na Administração Pública: Proposta de Um Modelo Exploratório

Abstract

RESUMOOs investimentos em Sistemas de Informação (SI) estão aumentando cada vez mais, e consequentemente, persiste a relevância dos estudos sobre sucesso de SI. Delone e Mclean (2003) elaboraram um modelo de sucesso de SI, e esse modelo é referência para as pesquisas da área, porém, na perspectiva do setor público, ainda são raros os estudos. Nesta pesquisa buscou-se propor um modelo exploratório de sucesso de SI na Administração Pública, a partir da identificação de itens em cada construto do modelo original de Delone e McLean (2003), por meio de estudos de casos múltiplos em três prefeituras e uma câmara municipal do Cone Sul do estado de Rondônia. Com base na pesquisa empírica, constatou-se que os fatores de sucesso de SI na Administração Pública Municipal se aproximam daqueles apontados na literatura revisada, porém, com algumas particularidades do setor público. Um modelo de fatores e itens de sucesso de SI, do confronto entre literatura e os dados empíricos, é apresentado ao final.

Estratégias na Implantação do Sistema Eletrônico de Informações / Strategies in the Implementation of the Electronic Information System

“…Nesse mesmo sentido, Leite e Rezende (2015) assinalam que administração pública está em busca recorrente pela modernização e o meio eletrônico é o caminho para superar barreiras burocráticas, melhorar a gestão dos processos e otimizar os resultados. Oliveira et al (2015) complementam o tema indicando que aplicar TI no contexto de administração pública tende a contribuir com processos de mudança organizacional quando orientadas ao alcance de objetivos institucionais. Os autores afirmam ser fundamental integrar processos de gestão com tecnologia da informação na garantia da efetividade de resultados na área pública.…”

“…Neste sentido, estudos como o de Oliveira et al (2015) identificam na literatura sobre o tema de sistemas de informação na administração pública diversos fatores de sucesso para um projeto de implementação da tecnologia, ou seja: suporte da alta gestão, qualidade do sistema, qualidade da informação, qualidade do serviço, benefícios de nível de processos e benefícios no nível de instituição pública.…”

“…Apesar da implantação do SEI ter sido considerada bem-sucedida pelos entrevistados, pode-se observar alinhamento nas falas dos entrevistados em pelo menos em um ponto que precisa ser melhorado: mais apoio da alta gestão. Nesse sentido, autores como Saraiva (2018) e Oliveira et al (2015) ratificam essa variável como fator fundamental para que a implantação de um sistema de informação seja exitosa.…”

“…Apesar das dificuldades de implementação, como resistência saída do papel para o eletrônico e equipe de projetos pequena, a implantação do SEI contribuiu para aumentar a economia de recursos, melhorar os processos e ajudar na tomada de decisão, assim como facilitou o acesso à informação por parte do cidadão. Quando consideradas as necessidades de adaptação das metodologias de projeto do setor privado para as especificidades do setor público, pode-se concluir que a implantação do SEI foi administrada de forma a otimizar a alocação da equipe e dos recursos, indo ao encontro do indicado por Oliveira et al (2015) ao confirmar benefícios para a administração pública com o direcionamento de TI para alcance de objetivos.…”

A Produção Intelectual em Teoria Institucional: Análise nos Principais Periódicos Brasileiros a partir do Método Bibliométrico

“…Em síntese, as teorias organizacionais propõem explicar (ou antever) fatos e acontecimentos, permitindo entender as práticas organizacionais (Mota, Beck, Pereira, Lima & Vale, 2010). No cenário brasileiro, desde o trabalho seminal de Machado-da-Silva, Cunha e Amboni (1990), diversas análises sobre as publicações científicas foram realizadas (Rossoni, 2006) e continuam atraindo interesse dos pesquisadores em diversos segmentos, como é o caso da teoria do stakeholder (Cintra, Amâncio-Vieira, Suzuki & Costa, 2014), dos sistemas de informação na administração pública (Oliveira et al, 2015), da tomada de decisão estratégica (Ribeiro & Serra, 2014), da prospecção tecnológica (Yoshida, 2010); das ferramentas de e-serviços (Zittei & Fernandes, 2015), da qualidade da produção científica brasileira (Cunha, Defina & Passador, 2014), entre outros.…”