Substituição do farelo de soja por uréia ou amiréia em dietas para vacas leiteiras em final de lactação.

Abstract

Em especial ao Prof. Flávio Augusto Portela Santos, pela orientação, pelos ensinamentos e pelo belo exemplo profissional. À FAPESP, pelo financiamento do projeto de pesquisa e pela concessão da bolsa de estudos.

Consumo, parâmetros ruminais e concentração de uréia plasmática em novilhos alimentados com diferentes níveis de torta de girassol em substituição ao farelo de algodão

“…No entanto, Carmo (2001), estudando a inclusão de uréia em 2% na MS da ração, em substituição parcial ao farelo de soja e amiréia como fontes protéicas, em dietas para vacas leiteiras com 55% de concentrado, obteve valores de pH mais baixos, entre 5,62 a 6,45. Porém, podese deduzir que não houve comprometimento na digestão ruminal da fibra, pois segundo Orskov (1988) e Hoover (1986), a digestão é prejudicada com pH inferior a 6,2.…”

“…Os valores encontrados no presente experimento estão próximos aos determinados por Carmo (2001), que testou farelo de soja como principal fonte protéica e proporção de concentrado:volumoso de 55:45% e encontrou valores plasmáticos de uréia entre 16,87 e 19,87 mg/dL.…”

Utilização de ureia encapsulada de liberação lenta na alimentação de vacas em lactação

“…Imaizumi et al (2006), Carmo et al (2001) e Aquino (2005), também não obtiveram diferença (P>0,05) na produção de leite corrigida com inclusão de diferentes doses de ureia. No entanto, esses estudos foram realizados com animais de produções médias de aproximadamente, 13, 20 e 24 kg/dia.…”

“…Essa disparidade de produção dos animais avaliados pode explicar essa diferença de resultados na literatura mostrando que os animais de alta produção são mais sensíveis à inclusão de ureia do que os animais menos produtivos. Na maioria dos resultados na literatura, o efeito negativo da ureia sobre a produção de leite normalmente é acompanhada de queda da ingestão de matéria seca, explicando a queda de produtividade (Carmo, 2001). Nesse estudo, não houve redução (P<0,05) no consumo de matéria seca (Tabela 5) o que indica ser uma das causas da ausência de diferença na produção de leite corrigida nos animais tratados com as diferentes dietas experimentais.…”

“…Quando vacas de alta produção têm seu desempenho afetado negativamente pela adição de ureia, sem que tenha havido redução de consumo, é provável que uma deficiência de proteína metabolizável esteja ocorrendo, devido à limitação do potencial do rúmen em suprir quantidades adequadas de proteína microbiana para o intestino da vaca (Carmo, 2001). Comprovando essa teoria, Broderick e Reynal (2009) recentemente relataram, em estudo in vivo, que houve uma redução linear na produção total de leite quando fonte de PDR proveniente de proteína verdadeira (farelo de soja) foi substituída por PDR proveniente de ureia pecuária.…”