“…Assinale-se que de entre as motivações para empreender (médias da Escala de Motivações Pessoais e Fatores Facilitadores do Empreendedorismo), os motivos que mais se destacam na presente investigação reportam-se aos motivos associados à Aprendizagem e Desenvolvimento (por exemplo, ser inovador, estar a par das novas tecnologias, continuar a aprender, desenvolver ideias para produtos e negócios, aceitar desafios), sendo estes resultados similares aos encontrados noutros estudos (e.g., Altinay et al, 2012;Mueller, 2006;Mustapha & Selvaraju, 2015;Parreira et al, 2018a;Parreira et al, 2011). Com efeito, o desejo de inovar, criar, arriscar, aceitar desafios, contribuir para o desenvolvimento pessoal, dar segurança e proporcionar bem-estar/segurança são algumas das características inerentes à própria definição de empreendedorismo (Lobato & Carmo, 2009;Parreira et al, 2016;Parreira et al, 2017;Parreira et al, 2018b), ou seguirem um modelo familiar (Mustapha & Selvaraju, 2015), representam ainda motivações válidas para os estudantes empreenderem, apresentando um papel muito importante ao nível social e económico na criação e desenvolvimento das empresas, pois os negócios são uma das principais fontes de criação de postos de trabalho nas economias de mercado (Almeida, & Teixeira, 2014;Altinay et al, 2012;Criaco et al, 2017;Laranjeira, 2018;Mueller, 2006;Mungai & Velamuri, 2011;Parreira et al, 2017;Parreira et al, 2018b;Parreira et al, 2011;Shanker & Astrachan, 1996;Silva, 2018;Zellweger et al, 2011). Acresce referir que os resultados obtidos com o presente estudo suscitaram-nos uma Influência dos familiares empresários reflexão acerca do quanto a crise económica pode ter influenciado as motivações e os fatores facilitadores do empreendedorismo, bem como a repensar o papel que alguns agentes e stakeholders (e.g., governo, sociedade civil, empresas, academia, família, indivíduos) têm neste domínio (Herrington & Kew, 2017;Parreira et al, 2011), suscetíveis de condicionar o comportamento empreendedor dos estudantes.…”