Objetivo: Avaliar a opinião e atitudes dos estudantes universitários da área da saúde frente às pessoas com transtornos mentais. Materiais e métodos: Pesquisa quantitativa e transversal, com abordagem descritiva, realizada com 328 discentes dos cursos de graduação de uma Universidade Federal do nordeste brasileiro. Foram utilizadas a Escala de Opiniões sobre Doença Mental e um questionário de caracterização do perfil sociodemográfico dos participantes. Ademais, para análise dos dados foram utilizados os testes de Kolmogorov-Smirnov, Mann-Whitney e Kruskal-Wallis. Resultados: O estudo constatou que Medicina foi o curso responsável pelo menor nível de estigma e Odontologia, o de maior estigma. Percebeu-se que os discentes do primeiro ano possuíam maior grau de estigma, em relação aos alunos dos últimos anos da graduação. Tal dado tamnbém foi prevalente entre indivíduos do sexo masculino. Pôde-se observar diferença nas vertentes de sexo, curso, ano de graduação, a disciplina de saúde mental e o contato com pessoas com transtornos mentais. Já nos domínios, obteve-se significância estatística em todos, não obstante que cada vertente correlacionou-se com um grupo diferente de categorias. Conclusões: O estigma é uma das principais barreiras no cuidado às pessoas com transtornos mentais. Sendo assim, a associação de conteúdos teóricos com a prática em estágios durante a graduação é a principal forma de reduzi-lo.